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quarta-feira, agosto 03, 2005

tchau

Acorda deste sono que eu lhe dei. Não vale a pena envenenar o corpo com estas pálpebras. Você nua em cima do sofá, esbravejando contra o cachorro, contra os quadros, contra os nossos planos infantis. O que ainda sinto é o aroma de nuvem da sua vulva, disto ainda tenho saudades, pois eu já esqueci de como eu me afogava na sua pele, nos seus seios, no seu colo. Veste de novo esta saia de vergonha. Você não merece beber estas fórmulas baratas de ternura. Se quiser, pode ir nua, mas não tome mais a minha bêbada amargura. Não beba o que os meus olhos não mais podem dar, amor. Eu já sequei todos os sabores da cama. Todos os fluídos do espírito. Eu já parei a chuva para que você possa voltar em paz.

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