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terça-feira, abril 20, 2010

E novamente no Estado do Paraná


A mistura sonora da banda Confraria da Costa

Paula Melech

Tiago Ferraz/Divulgação
Banda curitibana aposta em uma sonoridade com caráter próprio.

O som da Confraria dos Irmãos da Costa - ou simplesmente Confraria da Costa - está longe de qualquer experiência musical habitual. A banda curitibana enfrentou o desafio de unir referências que vão da originalidade do norte-americano Tom Waits, com sua voz rouca e letras intrigantes, até a multiplicidade de Andrew Bird, com sua mistura inusitada de instrumentos.

Ambientada em uma temática de piratas, o primeiro CD homônimo da Confraria da Costa aposta em uma sonoridade com caráter próprio que une bandolim, flauta e violino tendo como base o bom e velho rock and roll. O resultado é um som meio punk- rock cigano ao estilo de Gogol Bordello, que traz ao nosso tempo o clima dos piratas que viviam no século XVI.

Enquanto resgatam o ambiente dos marujos, a Confraria se revela crítica e irônica nas letras das canções. Em Certamente a mente mente, o trocadilho de palavras denuncia o teor crítico do trabalho: “Mente com os olhos vendados/Com os dois pés amarrados/Mente até de trás pra frente/Cegamente a mente mente”.

Com forte influência de Waits, em Confidencial, o compositor Ivan Halfon mostra uma faceta mais pessoal, o homem que procura o auto-conhecimento. “Tranquem a porta da minha casa/Depois preguem as janelas/Por uns tempos, eu acho/vou me ausentar”.

O processo de composição geralmente começa pela melodia ou a intenção vem do próprio título das músicas. “Em muitos casos, foi o nome da canção que deu a ideia para a letra. Mas a primeira música [Canto dos piratas] surgiu a partir de um poema”, conta Halfon, que também é vocalista, toca flauta e violão.

No álbum, o repertório mistura estilos de música cigana, polkas, csárdás (um tipo de dança húngara) e cabaré. O vocalista divide a instrumentação com Marcelo Stancatti (guitarra e bandolim), Jan Kossobudzki (violino), Pantaleoni (baixo) e Abdul Osiecki (bateria).

A belíssima ilustração da capa tem uma homenagem a Tom Waits, que aparece encostado no balcão do bar. A arte é de responsabilidade da Cia. de Canalhas, representada por Carlon Hardt e Lucas Fernandes.

A ideia de uma banda que tivesse referências nos piratas não foi proposital. “A gente queria fazer algo diferente. No começo até tentamos outras coisas, mas deu certo quando chegamos nesse tema”, diz o compositor. Os shows da banda são verdadeiras performances musicais, com claras referências a Gogol Bordello.

A banda enfrentou o desafio de unir opções estéticas nem um pouco óbvias e lançar o primeiro álbum de forma independente. E deu certo. No show de lançamento oficial, que aconteceu no mês passado, o CD foi generosamente bem recebido pelo público.

Prova disso é que Confraria está com a agenda lotada de shows e ainda este mês (dia 24) lança o segundo CD, Piratas ao vivo, pelo projeto A grande garagem que grava, no Teatro Universitário de Curitiba - TUC. O álbum traz oito canções inéditas e segue a linha do primeiro trabalho.

Enquanto o disco ainda não tem uma estratégia de distribuição bem definida, está disponível no myspace.com/confrariadacosta e myspace.com/confrariadacosta.

E no Caderno G da Gazeta

Daniel Derevecki/Gazeta do Povo

Daniel Derevecki/Gazeta do Povo / “Nascer, ir para a faculdade, cortejar garotas, fazer muito sexo, concluir o curso, casar, fazer pouco sexo, ter filhos, arranjar uma amante, ir engordando... Desse modelo de vida, eu fujo feito louca.” Léo Glück, atriz“Nascer, ir para a faculdade, cortejar garotas, fazer muito sexo, concluir o curso, casar, fazer pouco sexo, ter filhos, arranjar uma amante, ir engordando... Desse modelo de vida, eu fujo feito louca.” Léo Glück, atriz



PERFIL

Léo

Atriz das companhias Silenciosa e Heliogábalus, Léo Glück não separa arte e vida e leva ao palco sua não-passividade diante do mundo

Publicado em 19/04/2010 | LUCIANA ROMAGNOLLI

Léo Glück desce do táxi escondendo o vestido colorido sob um casaco preto, mas o dourado da sombra e de alguns cílios postiços ofuscam imediatamente quem a vê. Olha as redondezas da Praça Santos Andrade, rejeita um canteiro de flores vermelhas mirradas (“decadente”) e escolhe se deitar na grama para ser fotografada. “Viu o que é a performance?”, pergunta à repórter que ficou com a bolsa e o casaco da atriz entrevistada pendentes no braço, enquanto esperava a sessão de cliques acabar.

Vida ou arte? “Não separo as coisas”, diz.

Planos

Música e uma peça-instalação estão entre os projetos futuros da atriz e diretora Léo Glück

Microfone

No dia 7 de maio, às 21 horas, sobe ao palco do Sesc da Esquina como cantora, no projeto World Meaningful Elements of Speech, que define como o “primeiro vaudeville eletrônico brasileiro”. A gravação deve gerar um EP.

Rebecca instalada

Em junho, a Cia. Silenciosa estreia a peça Rebecca, com texto de Léo e direção de Giórgia Conceição. Elas e Henrique Seidel pretendem transformar o Teatro Novelas Curitibanas em uma instalação de grandes proporções, invadida pela projeção de imagens e vídeos. Com a participação dos atores Clóvis Cunha e Ricardo Nolasco, vai tratar das relações amorosas e das falhas da linguagem.

Saiba mais em: www.companhiasilenciosa.com

Oprimeiro espetáculo que montou com uma de suas companhias teatrais, a Silenciosa, foi o happening Anfetaminas Não Fazem Bem à Saúde, Mas São Ótimas para Adubar o Jardim. A cena se dividia em ações simultâneas como lavar roupa, plantar, tomar café e jogar vôlei, e os espectadores se infiltravam entre elas, realizando as tarefas também. A atriz e diretora acha que “seria incrível” se, como ela, o público fosse capaz de borrar os limites de vida e arte: “Um pouco caótico, sim. Mas é muito triste encarar a arte empresarialmente.”

Não se trata de fazer performances em qualquer tempo e lu gar, mas de manter uma postura única diante da arte e da vida. A maquiagem brilhante com que Léo encarou a lente do fotógrafo vai tranquilamente ao café para a conversa com a jornalista, sem menção de uma passada pelo banheiro para lavar o rosto. Menos superficialmente, é no teatro que a curitibana “sublima” problemas e dores pessoais.

Uma tensão sempre presente em suas criações diz respeito às questões de gênero, corpo, sexualidade. “Nasci dentro de um corpo biologicamente masculino, mas na minha cabeça, eu sou menina”, diz.

Só aos 20 anos, Léo compreendeu a si mesma. E que poderia transformar o próprio corpo para que correspondesse à sua identidade. “Você vai crescendo, por aquela idade dos 16 aos 19, e não entende do que se trata. Acha que é gay ou, no máximo, traveco, porque usa maquiagem. Mas é mais profundo que isso: o que existe é uma insatisfação com o corpo que não foi você quem escolheu. Sua cabeça tem que correr atrás para tentar explicar.”

Talvez a feminista norte-americana Judith Butler, que ela cita, tenha lhe dado a resposta buscada: gêneros e sexos existem tantos quantos são os seres humanos.

O que nunca quis da vida? Nas palavras de Léo: “Nascer, ir para a faculdade, cortejar garotas, fazer muito sexo, concluir o curso, casar, fazer pouco sexo, ter filhos, arranjar uma amante, ir engordando... Desse modelo de vida, eu fujo feito louca.” Deixa claro que não é por falta de amor: namorado tem há três anos. Ricardo Nolasco, ator com quem nutre também uma parceria criativa na companhia Heliogábalus. Juntos, montaram Le Magnifique Nouvelle de La Passion e, no Fringe deste ano, O Último Canto do Bode.

Centauro

Sagitariana do dia 4 de dezembro de 1981, nascida no Hospital Nossa Senhora de Fátima, em Curitiba, Léo se identifica com o signo aventureiro simbolizado por um centauro: “Sou meio humana, meio cavalo mesmo”. As patadas, diz, vêm quando fica desgostosa da vida. Aí, pode até dizer a uma jornalista que discordou de um trabalho seu que ela tem “preguiça mental”.

Contundência é qualidade que demonstra constantemente, do olhar perscrutante e vivaz do dia-a-dia à poderosa presença cênica que demonstra em peças como Jesus Vem de Hannover ou Los Juegos Provechosos, da Silenciosa.

Nesta última, discursava pendurada por uma corda do alto de um prédio no centro de Curitiba. O teatro “caretinha” não lhe interessa, porque não lhe permite autonomia para dizer o que ela mesma – e não um autor consagrado – tem a dizer sobre o mundo em que vive – agora.

Mas foi pela cena convencional que Léo primeiro enveredou. Tinha 14 anos quando entrou para o Curso de Atores do Colégio Estadual do Paraná. “Não ensinavam o que é teatro contemporâneo nem instigavam a vontade de criar coisas próprias. Era meio medíocre”, descreve, “pegar o texto de alguém, montar e se realizar como ator (apenas)”.

A professora veio com uma conversa de que a aluna já havia provado ser capaz de representar mulheres poderosas, deveria então assumir um papel masculino numa montagem de O Beijo no Asfalto, de Nelson Rodrigues. Fez. Mas não deixou de pensar que ninguém pedia às outras garotas para interpretarem homens nem aos garotos que se passassem por mulheres.

Dali foi para a Faculdade de Artes do Paraná, cursar direção teatral, e percebeu que, no meio universitário (ao menos no curitibano dos primeiros anos 2000), o pensamento em voga não divergia muito do colegial. A noção de teatro ainda se resumia a falar um texto “bom”. Ou seja, um clássico como Pirandello (1867-1936) era acolhido de bom grado. Já diante de alguma das ousadias contemporâneas como as de Heiner Müller (1929-1995) – cujo Hamletmachine, vale lembrar, data de três décadas atrás –, brotava no corpo acadêmico uma sequência de “por quês”?

“Desde o começo, tive muita encrenca com todos os professores e alunos. Eu me interessava por expressão corporal, performance, dizer coisas que os outros não queriam ouvir”. A experiência, contudo, não foi estéril. Havia outros “incompreendidos” pela instituição e deles Léo se aproximou, formando logo no segundo ano a Silenciosa, com Giórgia Conceição e Henrique Seidel. “As nossas lutas são sempre árduas porque a gente luta para melhorar o mundo”, define.

Em Burlescas, por exemplo, um espetáculo performático de seis horas, ouve-se a certa altura um discurso crítico sobre a dominação patriarcal. Ao mesmo tempo, Léo provoca a libido (dos que a assistem e dela mesma) dançando em torno de um poste (a pole dance). Clara a ironia? Pois teve quem entendeu errado e fez propostas financeiras, recusadas: “Não sou prostituta, sou atriz”.

Mais que excitar, quer incitar a reflexão: “Pense como você mesmo caiu direitinho no nosso jogo, como você, público, é manipulado”, provoca. Subestimar sua plateia, afinal, está longe de ser o seu papel. Espalhar suas ideias, sim: “Quem tem microfone, tem poder”, diz.

Convencida disso, Léo colocou a música nos seus próximos planos. Em breve, quer lançar um EP de sonoridade experimental eletrônica, cantando. “É um veículo para a palavra atingir mais pessoas”, argumenta, ela que ainda não publicou seu primeiro livro, mas guarda escritos poéticos e dramáticos em casa, e para quem a literatura tem grande importância.

Com escritores russos e irlandeses, Léo diz ter aprendido o que resume sua postura diante da vida (e da arte). “Uma sensibilidade visivelmente aguçada em relação ao mundo.” E “a não-passividade”.

segunda-feira, abril 19, 2010

Daniel Caron
O escritor, ator, poeta, músico e dramaturgo, Luiz Felipe Leprevost, de 31 anos, expressa através das palavras os sentimentos mais íntimos da alma humana.

"Pescador da barca bela/Onde vais pescar com ela/Que é tão bela/Oh pescador?". O poema Barca bela, do escritor português Almeida Garrett foi apresentado a Luiz Felipe Leprevost por um professor do Colégio Paranaense, em Curitiba. Ele estava na sétima série e ainda guarda na memória as estrofes declamadas em sala de aula.

Talvez ali fosse o início do que os próximos anos lhe reservariam. A sensibilidade em observar as coisas do mundo começou cedo e logo ele percebeu a folha de papel como cúmplice de seus conflitos e alegrias.

O curitibano de 31 anos é escritor de frases que expressam os sentimentos mais íntimos da alma humana e também um espectador crítico da vida. Entre as principais publicações do autor estão o livro de poesia Ode mundana (2006) e os de contos Inverno dentro dos tímpanos (2008) e Barras antipânico e Barrinha de cereal (2009) ele ainda mantém um blog, o notasparaumlivrobonito.

Leprevost é um artista multifacetário. A poesia o levou para o teatro e as questões cênicas foram aprofundadas na Casa das Artes de Laranjeiras (CAL), no Rio de Janeiro. A experiência como ator e dramaturgo o conduziram para uma vivência diferente de sua obra. "Experimentar os textos no seu próprio corpo é sempre um aprofundamento, é sempre se rever, se reinventar".

Ultimamente, ele tem se destacado em Curitiba como dramaturgo, principalmente em parceria com a diretora Nina Rosa Sá. É dele o texto das peças Na verdade não era - que esteve em cartaz por três temporadas - e Pecinhas para uma tecnologia do afeto.

Depois de comprar seu primeiro livro aos 14 anos, Antologia poética, ele queria ser como Vinícius de Moraes - ao mesmo tempo escritor e compositor. Motivado pela canção Geni e o Zeppelin, de Chico Buarque, ele percebeu que a música pode ser "vista com os ouvidos" e se encantou com a ideia.

Hoje, ele cultiva parceiros como Troy Rossilho e acredita que existe um tipo de poesia feita para canções. Para o escritor, letra de música é poesia, é "um jogo que você propõe com as palavras, como você encadeia essas palavras e procura a musicalidade nelas".

Nesta entrevista, que aconteceu no Café Mafalda, Leprevost falou sobre as palavras em suas mais diversas formas de expressão.

O Estado: Você se lembra do momento em que a poesia surgiu na sua vida?

Viajava com a família. No rádio do carro tocava Cabocla Tereza, de Raul Torres e João Pacífico. Os vocais combinados às violas, que tornavam pública uma trágica estória, me fisgaram os poros. Eu era uma criança de dez anos, e tive um alumbramento.

O Estado: Que motivações o levam a escrever?

Talvez os humanos mecanismos de se estar sozinho e sem explicação em mim sejam preponderantes. Talvez por acreditar que a literatura é uma das boas chances que a memória tem de perdurar e nossa ancestralidade se fazer inextinguível. Mas quem pode dar certezas? Escrevo mesmo para ter dúvidas e contradições.

O Estado: Quando você percebeu que já era um escritor?

Quando notei que passava horas debruçado sobre o caderno. A mão direita doía mas não largava a caneta. Me via obsessivamente anotando fragmentos de vidas, as minhas e as dos outros. Inventando. Me transformei num fazedor de cebolas, confeccionando a partir do miolo, de dentro pra fora, devolvendo-lhes camadas, num exercício pra vida toda.

O Estado: Que caminhos o levaram ao teatro?

Nutria o desejo de produzir textos teatrais. Em 2002 fiz uma oficina de final de semana para atores. Não parei mais. Precisei me formar ator, experimentando textos com o corpo, pra só daí me sentir capaz em relação à dramaturgia. Então, em mim, quem escreve pra teatro não é o escritor, mas o ator. O que é um paradoxo (que me agrada, aliás), já que sou essencialmente escritor.

O Estado: E a música, como foi esse encontro?

Aos 14 anos me deparei com Geni e o Zepelim, do Chico Buarque. Recebi tal potência intuitivamente. Hoje posso apontar algo de suas inúmeras qualidades: A indicação da hipocrisia. O fato de ser uma canção narrativa, com personagens e ação central que evolui. É música pra gente ver com os ouvidos. É literatura sonora. É ontológico, vem da nossa necessidade de enunciação.

O Estado: Como é para você fazer parcerias no trabalho com teatro e música?

Minhas parcerias começam com o afeto. Sou incapaz de criar com alguém sem que a amizade chegue antes. É o caso de meu providencial encontro com a diretora Nina Rosa Sá. Também isso se dá em relação às canções que componho ao lado de Troy Rossilho e, mais recentemente, Thiago Chavez. E mesmo em literatura, nos projetos desenvolvidos com Fabiano Vianna.

O Estado: Quais são as especificidades de produzir um texto dramatúrgico?

Claro que há técnicas e estratégias de composição, mas vão nesse ofício também fatores imponderáveis. No meu caso conta o endereçamento, para quem escrevo e a que tipo de provocação respondo. No mais, adoro ver o texto se levantando do papel, como se Frankenstein viesse ter no mesmo plano de Mary Shelley.

O Estado: Como acontece o seu processo criativo para compor uma letra de música?

Prefiro letras que nascem do convívio com os parceiros, de conversas inteligentes. Nós humanos nos expressemos por metáforas, analogias, de modo que há poesias órfãs por aí na fala das pessoas, pedindo existências mais cantáveis. Basta que estejamos abertos e as canções se agarram na gente.

O Estado: Como você analisa a produção literária em Curitiba?

Se olhamos trabalhos de Assionara Souza, Paulo Sandrini, Carlos Machado, Daniel Gonçalves, Fabiano Vianna, Otávio Linhares, Greta Benitez, Rodrigo Madeira, Edson Falcão, Fernando Koproski, Léo Glück, Sabrina Lopes, Alexandre França, Paulo Biscaia, podemos nos gabar de em Curitiba haver uma das melhores literaturas do País. Incluídos os mestres, Dalton Trevisan, Paulo Venturelli, Thadeu Wojciechowski, somando-se ainda Manoel Carlos Karam, Jamil Snege, Valêncio Xavier (que deixaram obras monumentais), aí não tem pra ninguém.

O Estado: Quais são as dificuldades de ser um escritor no Brasil?

Não só a dificuldade de sobreviver em termos práticos, em relação à moradia, comida, contas, etc, mas também a necessidade de superação do diletantismo, a coragem pra seguir mesmo sem certezas, agindo com fé na amplidão humana.

domingo, abril 18, 2010

Leprevost na revista coyote e nesta terça no Wonka Bar.

COYOTE é editada pelos poetas Ademir Assunção, Marcos Losnak e Rodrigo Garcia Lopes. Projeto gráfico de Marcos Losnak. Distribuição nacional (em livrarias) pela Editora Iluminuras.

COYOTE 20 // 52 páginas // R$ 10,00

Uma publicação da Kan Editora. Vendas em livrarias de todo o país pela Editora Iluminuras – fone (11) 3031-6161 (site: www.iluminuras.com.br). Pode ser adquirida também na internet pelo Sebo do Bac: www.sebodobac.com

Contatos: losnak@onda.com.br / rgarcialopes@gmail.com / zonabranca@uol.com.br

Fone: (43) 3334-3299 / (11) 3731-3281

PATROCÍNIO: PROMIC – PROGRAMA MUNICIPAL DE INCENTIVO A CULTURA – SECRETARIA MUNICIPAL DE CULTURA DE LONDRINA (PR)

Imperdível.


quinta-feira, abril 15, 2010

Parceria com o poeta Jorge Barbosa


réquiem prum inimigo

jorge do irajá | MySpace Music Videos


Estava eu de bobeira num destes dias cinzas da nossa cidade sorriso, quando Jorjão, o poeta intenso das noites selvagens, me liga querendo tomar uma cerveja. Já pensando no estrago que iria fazer no fígado, fui até o local onde o amigo morava e me admirei: era um cubículo alugado no largo são francisco que mais parecia um cenário de um dos contos do Charles Bukowski. O poeta havia acabado de acordar e eu esperava a sua aparição na frente do Torto Bar junto com o também poeta Bruno San Roman. Jorge me contava de um caso de amor que não havia dado certo e me mostrou a letra "réquiem para um inimigo". "Esta cabe legal no teu estilo", ele me dizia. Comecei a fazer a canção. Jorge não botou muita fé no que eu estava fazendo e resolveu reger o coreto "vai de blues, França. Vai de blues". Foi aí que nasceu esta música que Jorge resgatou em seu myspace e que eu (o irresponsável) havia dado como perdida. Esta gravação foi a primeira, logo depois de terminado o serviço. Grande dia, Jorjão.

sexta-feira, abril 09, 2010

Ivo Rodrigues

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