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quinta-feira, maio 28, 2009

imperdível!

quarta-feira, maio 27, 2009

Núcleo de Dramaturgia

Clique no link abaixo

http://www.fiepr.org.br/audioevideo/FreeComponent9489content72367.shtml

segunda-feira, maio 25, 2009

Jorge Barbosa Filho



Cemitério de Pulgas

Você sempre quis ser bonita,
Sair bem na fotografia!
Ser muito bem editada
Só pra ficar na fita...
Da sociedade imbecil de Curitiba...

Eu tenho amigos
Que querem se matar
Por motivos tão breves,
Mas não têm a coragem de se jogar...
Ou recitar um verso honesto!

Ninguém está na minha pele
Para saber se choro ou Rio.
Talvez eu seja São Jorge, São Paulo!
O santo oco quando estou quieto,
Desde o instante que começo vociferar...

Não quero ninguém do meu lado!
Pra me dizer que sou o culpado
Pelos milagres dos incompetentes
Do sorriso Largo da Ordem,
Banguela da Boca Maldita.

A Rua XV é uma reta
Que me atinge como o cinismo
Da mulher que amo, e sangro!
Tanto, tanto! Até morrer por enquanto...
Por enquanto... Por enquanto...

Sou uma sombra vermelha na calçada,
Pisoteada com alegria, dos passantes
Que vem e vão, em vão!!!!!
De lá pra do aqui do aqui mesmo...
Os mesmos...

Você fica com este cemitério de pulgas
Pulsando ao teu lado, uhummm!!!
Se coça... desconfio da mulher que roça...
A xota pra fazer cultura...
Aposta!!!!!! Aposta?????



Jorge Barbosa Filho

domingo, maio 24, 2009

Sobre femininos diálogos internos


Ela era desagradável

Quem? A vizinha?

Sim, a vizinha era degradável gritava de madrugada

Ela gritava muito alto?

Durante o ato sexual

Sim, durante o ato sexual, parecia querer mostrar para todos, você me dizia

Que ela estava ali, durante o ato sexual

Uma exibicionista, eu diria

Sim, uma exibicionista, ela mostrava o sexo através de gritos

Ela gemia muito também

Muito


Eu dormi sozinha por durante anos

Gostosa esta torta de limão

Eu costumava me masturbar

O merengue está tão

Nestas noites

Tão

Ouvindo a vizinha gritar

Tão sólido

quarta-feira, maio 20, 2009

Semana cheia de bons eventos

Amanhã - Lançamento do livro "Nunca seremos tão felizes como agora" de Fernando Koproski

SOBRE O LIVRO:


A editora 7 Letras está lançando NUNCA SEREMOS TÃO FELIZES COMO AGORA, o novo livro de poemas de Fernando Koproski.

O amor parece já ter sido abordado de todas as maneiras pela poética moderna. Justamente por isso Nunca seremos tão felizes como agora causa surpresa e admiração, pois consegue renovar o tema, trazendo um frescor à forma de escrever a paixão. Fernando Koproski encara a beleza e as dificuldades das relações amorosas inserido-as nas peculiaridades da vida contemporânea.


SOBRE O AUTOR:


Fernando Koproski nasceu em Curitiba, em 1973. É escritor e tradutor. Publicou 8 livros de poemas, entre os quais: Manual de ver nuvens (1999); O livro de sonhos (1999); Tudo que não sei sobre o amor (2003), incluindo CD que apresenta leitura de poemas na voz do autor e temas musicais compostos por Luciano Romanelli; Como tornar-se azul em Curitiba (2004); e Pétalas, pálpebras e pressas, livro selecionado para publicação pela Secretaria de Estado da Cultura do Paraná (2004).

Como tradutor, organizou e traduziu a Antologia Poética de Charles Bukowski Essa loucura roubada que não desejo a ninguém a não ser a mim mesmo amém (7 Letras, 2005), bem como a Antologia Poética de Leonard Cohen Atrás das linhas inimigas de meu amor (7 Letras, 2007).

Como letrista, tem composições gravadas por: Beijo AA Força no CD Companhia de Energia Elétrica Beijo AA Força; Alexandre França no CD A solidão não mata, dá a idéia; Casca de Nós no CD Tudo tem recheio; e Carlos Machado no CD Tendéu.


Serviço:


Livro: NUNCA SEREMOS TÃO FELIZES COMO AGORA, 118 páginas.

Autor: FERNANDO KOPROSKI

Editora: 7 Letras


Lançamento:

Recital e sessão de autógrafos com o autor Fernando Koproski. Participação especial do músico Rogério Sabatella.

quando? 21 de Maio, quinta-feira, a partir das 19:30 horas

onde? Local: Livrarias Curitiba Megastore do Shopping Estação

av. Sete de Setembro, 2775, centro, fone 41-3330-5119 / 3330-5000

Informações: fkoproski@yahoo.com.br


UM POEMA DE FERNANDO KOPROSKI:


um poeta deve morrer

sem músicas de musas

ao te ver dormir nua

um poeta deve morrer

todas as mortes do sol

no meio das coxas da lua


um poeta deve morrer

porque toda forma

de amar ainda é pouco

e a sua alma já cansou

de tanto se suicidar

no mesmo corpo


(fragmento do poema “um poeta deve morrer” incluído em Nunca seremos tão felizes como agora).


Sexta-feira - lançamento do curta "Balada da cruz machado" de Terence Keller, inspirado no poema de Rodrigo Madeira



Sábado - aniversário do poeta Jorge do Irajá



Apareçam!

segunda-feira, maio 18, 2009


Apareçam!

sábado, maio 16, 2009

Cartola

sexta-feira, maio 15, 2009

Laerte



Via Mário Bortolotto

quarta-feira, maio 13, 2009

Last Recording


Sim estamos num museu

Eu te carrego há tanto tempo

E há tempo repito em minha cabeça: você

Ao alcance dos olhos, com este orvalho triste

A escorrer do seu corpo

Eu te carrego há tanto tempo

Chego a sentir o seu sangue correndo aqui dentro

Embora frios, congelados neste museu

Congelados numa expressão, na expressão que

Todos esperam ver

Eles nos observam

Será que sentem que estou velha?

Quanto tempo mais esperamos para que este museu desabe?

Por que isto é um museu

Estas pessoas a nos olhar

São velhas como um museu

Sim, velhas como um museu

Velhos conhecidos

Velhos turistas

Velhos artistas

Velhos sugadores de alma

Como um velho museu

Elas nos acompanham

Você ao alcance dos olhos

Esperando a minha voz

Mas somos estátuas, não somos?

Eu e você – uma Pietá gelada e preto e branca

Na cabeça das pessoas

O que elas esperam?

A minha benção?

Por que, se nada mais pode ser dito no espaço entre

A confissão e o arrependimento?

Por que,

Se os nossos valores foram tragados

Pela máquina fotográfica?

É proibido tirar fotos, sabia?

É proibido guardar este momento

No armário

Sabia?

(pausa)

eu te carrego há tanto tempo

não sou virgem coisíssima nenhuma

uma vampira, talvez

por beber o teu sangue inebriante

por durante tanto tempo.

Eles sabem

Os velhos sabem que eu preciso do teu sangue

Para continuar

“Continuar o que?” você me perguntaria

se fosse humano, se estivesse vivo

continuar o que?

Eles me querem viva

Por mais uma noite

Até que se apaguem todas as luzes deste museu

Estou cansada

Eles sabem

Estou cansada de te carregar

Eles sabem

Não sou santa

Também não sou de perdoar a todos

Não perdôo mais ninguém (eles que me perdoem)

Eles deverão carregar o fardo medíocre das suas vidas

Enquanto eu te carrego

Posso beber um gole?

Só um golinho?

Para aquecer as cordas vocais

Um golinho deste teu sangue

Deste sangue que me faz continuar

Por mais uma noite

Aqui neste museu

Eles querem que eu cante

Não se preocupe, não vou te abandonar

Você vai ficar na minha frente como um crucifixo

Na beirada da cama

Mais um gole e eu canto

Não pode falar no estúdio!

Shiiii, quietos!

Estou preparada para cantar

E depois morrer

Quem sabe.

domingo, maio 10, 2009

Sobre a morte II

Goya - Dois Velhos Comendo


O obituário das nuvens é escrito pela tempestade, pelo jorro de sangue que circula no interior do significado da palavra chuva. O que de tempo entende o espaço quando este possui morte cerebral? O que nos desloca para o nada mostrando tudo, dizendo-nos “você já está no nada”? O barulho dos ponteiros possui uma harmonia desesperada com o apodrecimento do pensamento. A janela não nos mostra mais o mundo lá fora, ela nos fala “sim, você pode ficar pra sempre aqui dentro”. É o que queremos: usar a morte a nosso favor, a filantropia dos mortos-vivos, tiros em imagens que pareçam seres humanos. Por que o nosso mecanismo de morte nos pede vícios, venenos que nos façam lembrar do fim. Por que desejamos dormir sem saber que dormirmos. Sofrer sem saber que sofremos. Acordar sem saber que acordamos. Morrer sem saber que morremos. Por que lembrar da morte é uma necessidade básica. Uma necessidade que nos vasculha pela manhã a cutucar os sistemas do nosso corpo. E lembrar da morte é sempre lembrar do que fomos um dia. Do que poderíamos ter sido. Do que somos agora.


Lembrar de si mesmo é a morte rindo da sua cara


sábado, maio 09, 2009

Polaco da barreirinha - sempre implacável
(tirado do blog do Leprevost)

Lepre: Por que a arte, Thadeu Wojciechowski, pode ser trágica e linda, se a tragédia na vida é o que de pior pode nos acontecer?


Thadeu:
Amigo Leprevost, uma grande tragédia,
assim como a pimenta no rabo alheio
refresca e tempera, é sempre um prato cheio
para alguém reescrever a divina comédia.

Os humanos adoram rir e fazer média
com as desgraças que não lhes dizem respeito.
Mas quando o raio cai e a gente está no meio
o choque, muita vez, provoca até inédia.

Você não sabe o que fazer. Fica sem pai
nem mãe e pede pelo amor de Deus um fim.
Mas merdas acontecem sempre e a vida vai.

Foi é será eternamente bem assim.
O que não tem remédio, remediado está.
A desgraça vai aonde o desgraçado vá.

Grande abraço

Thadeu

sexta-feira, maio 08, 2009

barra pesada



Via Reka

Citação da semana


“Que indivíduo bem pensante passaria horas, horas todas as noites, assistindo a anúncios? Não parece claro que provavelmente não precisamos de um produto que tem que gastar fortunas chamando atenção para si mesmo?


Ao assistir à televisão e ao comprar o produto estamos endossando esse gasto, estamos silenciosamente reverenciando a idéia de riqueza, a idéia de um estado acima de conflitos, tal como o plebeu que é incapaz de parar de chamar a duquesa de “alteza”.”


David Mamet, Três usos da faca – sobre a natureza e a finalidade do drama.



terça-feira, maio 05, 2009

metalinguajar

Noteboek from Evelien Lohbeck on Vimeo.

segunda-feira, maio 04, 2009

Do site Bem Paraná


Um momento rico em dramaturgia

O Brasil vive um momento muito rico na sua dramaturgia, com o surgimento de novos autores, todos muito produtivos e com diferentes características e visão de mundo. O panorama, bastante promissor, foi traçado pelo dramaturgo carioca Roberto Alvim, no encontro, em Curitiba, com as diretoras Roxana Silbert e Tessa Walker, ambas da Paines Plough, uma das mais importantes companhias de teatro da Inglaterra.

“Em apenas oito ou nove anos configurou-se em centros como o Rio e São Paulo verdadeiros núcleos de novos autores de teatro, a maioria com características marcantes, que conquista público e crítica”, disse Alvim, na mesa-redonda promovida pelo Núcleo de Dramaturgia Sesi Paraná, na noite de quinta-feira (30), que lotou o Teatro José Maria Santos.


Entre outros nomes este o próprio Roberto Alvim, Pedro Brício, Daniela de Carvalho e Daniel Tendler, do Rio de Janeiro, os paulistas Silvia Gomes e Paulo Santoro, os paranaenses Marco Damasceno, Luiz Felipe Leprevot e Alexandre França, além da mineira Grace Passo.


Formação de novos autores – Embora aberto ao público geral, o encontro direcionou-se particularmente aos novos autores que estão sendo formado pelo Núcleo de Dramaturgia Sesi Paraná. Criado neste ano, o Núcleo trabalha a primeira turma. A principal atividade de formação é a oficina ministrada por Roberto Alvim, que começou em abril e se estenderá até dezembro.
O Núcleo de Dramaturgia faz parte das ações do Sesi Paraná para abrir aos trabalhadores das indústrias e à comunidade o acesso a conhecimento e bens culturais. O Núcleo tem a parceria do Centro Cultural Teatro Guaira e o apoio do Sindicato das Indústrias Audiovisual do Paraná.

O projeto é inspirado no Núcleo de Dramaturgia Sesi São Paulo - British Council, criado em 2007. O Conselho Britânico presta apoio cultural trazendo para Curitiba os autores e diretores que vêm participar das atividades de São Paulo.

Diálogo e leitura — Segundo Alvim, a formação se dá menos pelo conteúdo técnico e muito mais pelo diálogo que se estabelece entre os participantes e pela oportunidade que o novo autor tem para expor sua criação, fazer leitura dramática, receber crítica. “É uma troca”, disse ele.

Na Inglaterra, os autores têm na Paines Plough a garantia da leitura de textos. Segundo Tessa Walker, a companhia lê todos os textos que lhes são enviados, antes de uma seleção. “São quase 500 por ano”, disse ela. “O que procuramos fazer é com que um bom jovem dramaturgo se torne excelente. Buscamos o diretor e o elenco mais adequados possível ao texto”, explicou Roxana.

Com mais de 30 anos de existência, a Plaines Plough foi a companhia inglesa responsável pelo lançamento de alguns dos mais importantes dramaturgos da história, incluindo Sarah Kane, Mark Ravenhill e Dennis Kelly. Segundo suas diretoras, a companhia não procura temas específicos, mas autores que tenham relações mais específicas com o mundo.

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