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segunda-feira, julho 21, 2008

Como diria a reka: doentio.

Running with Scissors

Não li o livro, mas achei o filme interessante (fora o excesso de música "comovente"). A atriz que faz a mãe é simplesmente genial (já havia achado ela genial em "Beleza Americana"). Só ela, já vale o esforço.

quinta-feira, julho 17, 2008

Apareçam

Uma m
ulher, que, convidada a um "jantar artístico" em homenagem ao famoso ator do Teatro Nacional e que faz até telenovela, percebe que está, na verdade, em uma reunião de talentos medíocres. Arrependida, reflete sobre sua vida e o meio que a cerca, sob a lembrança de uma grande amiga de todos, enterrada naquele mesmo dia.

10 de julho a 10 de agosto
quinta a sábado às 21h, domingo às 19h
Ingressos: R$14,00 e R$7,00

Casa do Damaceno - Rua 13 de Maio, 991 - inf.: 3223-3809
Texto e direção: Marcos Damaceno – Inspirado na obra de Thomas Bernhard -
Com: Rosana Stavis
- Composição, Adaptação e Direção Musical: Gilson Fukushima - Violinista: Roger Vaz - Iluminação: Waldo León - Figurinos: Maureen Miranda - Arte e Design Gráfico: Foca Cruz -
Fotos: Elenize Dezgeniski - Produção: Bruno Luis / Tânia Araujo


sábado, julho 12, 2008

Bons tempos

Mutantes

A Rita Lee era uma simpatia mesmo. Genial.

sexta-feira, julho 11, 2008

Trecho da peça "velhos bons novos amigos"

Homem de cinqüenta
– Ele me disse que a senhora esperava o próximo dia com uma resignação de cachorro. Ele me disse que a senhora ficava na porta de casa, abanando o rabo, a espera de um pouco de atenção. Ele odiava cachorros. Ele me disse que a senhora esquecia o tempo, esquecia os dias, as semanas, os meses. Ele me disse que a senhora se esquecia. Ele me disse que sentia pena da senhora e que isto o machucava todos os dias. Ele me disse que a senhora vivia aprisionada entre as suas obrigações domésticas e que aquilo o aprisionava também, muito embora a vida dele parecesse mais “interessante”. Um café, uma torta de limão, pequenas trivialidades poderiam fazer a senhora chorar, pois aquilo possuía um outro significado: aquele significado que só pode ser compreendido pelas pessoas que se esquecem num canto do passado e que se sentem aprisionadas por esta sensação. A vida dele não era interessante. A vida dele se resumia a outras trivialidades que para a senhora poderiam parecer exóticas. A vida dele possuía uma gramática fácil de equívocos e desencontros, pois o amor que sentia pelos outros era novelesco, construído a partir de uma poética romântica que se diluía num copo ácido de realidade. Não conseguia amar uma pessoa como amava a senhora. Ele me disse que não sabia bem se o que sentia pela senhora era mesmo o amor entre um homem e uma mulher. Ele gostava muito da senhora. Ele queria proteger a senhora das coisas ruins e isto o aprisionava e também aprisionava a senhora. Ele me disse que o amor que sentia pela senhora era inteiro, mas que não podia acontecer, pois ele sentia uma aversão pelo corpo de qualquer mulher, até mesmo pelo corpo de sua melhor amiga. Ele me disse que precisava livrar a senhora dele. Ele não queria que a senhora sofresse como ele sofria, muito embora soubesse que o seu sofrimento era muito maior e incalculável. Ele não amava ninguém da forma que gostaria de amar. Ele possuía aquele sonho burguês da família feliz e aquilo também o aprisionava. Ele não amava ninguém e ele não queria que a senhora sentisse o mesmo pelo resto do mundo. Ele se apaixonou pela hipótese de afastamento. (pausa) Essa foi a última conclusão da sua vida. A única forma de livrar um ser humano da dependência de depender de outro ser humano: a morte.

quinta-feira, julho 10, 2008

Frase doentia da semana


"Sim, o homicídio lembra uma sinfonia em sua cabeça, o suicídio é um simples quarteto"

Personagem Stephen Rojack do livro "Um Sonho Americano" de Norman Mailer
(e tem gente que acha que o que eu escrevo é pesado)

quarta-feira, julho 09, 2008

espelho (para Amy Winehouse)

Num piso de cimento jaz
Meu medo, meu ócio, minha pena,
Dias em jejum, beijando ana na boca
Ouvindo ana falar “não toque em nada”
Sentindo pedras de sal em meu espírito
Rajadas de estimulantes em minha vontade.
Volto a minha cama de concreto
Perdendo os riscos que delineavam o mapa
Da minha aflição, dos meus limites.
Acordo e ouço ana me chamar
Para dentro do espelho
Trincado e distorcido
Do banheiro.

Ana me deixou
Sozinha
Com o espelho.

terça-feira, julho 08, 2008

E na Gazeta do Povo...


Canções sob baixas temperaturas

Músicos curitibanos apresentam suas composições durante o mês de julho do Wonka Bar. Alexandre França e Bárbara Kirchner são os primeiros

Publicado em 08/07/2008 | Luciana Romagnolli

Há quem diga que as baixas temperaturas curitibanas criam um ambiente distinto – se comparado ao restante do país que vive acima do Trópico de Capricórnio – a ponto de imprimir uma marca na produção cultural local.

Esse impacto seria perceptível na música produzida aqui, por exemplo, e, se é que ele acontece de fato, sua conseqüência seria distanciar a identidade sonora da capital paranaense dos ritmos quentes mais comumente associados à “brasilidade”.

Divulgação

Divulgação / Alexandre França canta faixas do disco A Solidão Não Mata, Dá a Idéia, além de inéditas
Ampliar imagem
Essa é mais ou menos a idéia por trás do Composições de Inverno, evento musical que pode ser prestigiado todas as terças-feiras do mês de julho no Wonka Bar. A programação aposta na personalidade dos compositores curitibanos, que se destacariam no cenário musical brasileiro por características diferenciadas, como a ambientação urbana e um pessimismo que, no fundo, ocultaria um desejo de redenção.

Sarcasmo

A primeira noite do evento, que começa hoje, promove o encontro do poeta, músico e dramaturgo Alexandre França com a cantora e compositora Bárbara Kirchner, ex-vocalista das bandas Zaius e Nefelibatas. “A poética daqui é diferente, a gente é mais sarcástico”, diz França, para quem a sonoridade local “é menos brasileira do que poderia ser”. “Isso não é bom ou ruim, é uma característica da música do sul”, explica.

Os dois artistas cantam 15 músicas, separadamente e em duo. Ao repertório, trazem composições que fizeram em parceria um com o outro, como “Admiravelmente em Forma”; canções do primeiro disco de França, A Solidão Não Mata, Dá a Idéia; cinco inéditas do poeta, que devem integrar seu segundo disco, previsto para ser lançado no ano que vem; além de criações de Bárbara Kirchner em dobradinhas com Octavio Camargo e Thadeu Wojciechowski, com quem ela gravou os discos independentes Língua Madura, Ciúmes de Horror e Nabuto Almada.

Na fila

Na próxima terça-feira (15), é a vez de Luiz Felipe Leprevost subir ao palco do Wonka Bar, acompanhado por Uyara Torrente, Diogo Zavadzki, Denis Mariano e Léo Fressato, em um espetáculo dirigido por Nina Rosa Sá (da companhia teatral Provisória). Nas semanas seguintes, o espaço recebe Carlito Birolli, Cauê Menandro e Troy Rossilho, entre outros músicos (leia mais no quadro).

Serviço

Composições de Inverno, com Alexandre França e Bárbara Kirchner. Wonka Bar (R. Trajano Reis, 326), (41) 3026-6272. R$ 5.

Escalação

O Wonka Bar promove o encontro de compositores curitibanos todas às terças-feiras de julho, no evento Composições de Inverno, que apresenta um panorama da música escrita na capital paranaense. Confira a programação:

Dia 8 – Alexandre França e Bárbara Kirchner

Dia 15 – Luiz Felipe Leprevost acompanhado por Uyara Torrente, Diogo Zavadzki, Denis Mariano e Léo Fressato. Direção de Nina Rosa Sá.

Dia 22 – Carlito Birolli e Cauê Menandro acompanhados por Iria Braga e Luana Godinho.

Dia 29 – Troy Rossilho acompanhado por Mazzar e Davi Sartori.

segunda-feira, julho 07, 2008

Composições de Inverno - começa amanhã


Dia 08, terça-feira,
Alexandre França e Bárbara Kirchner
Entrada: R$ 5,00
Das 21h às 22h
O bar vai servir vinho de cortesia para acender as turbinas do show.
Local: Wonka Bar - Rua Trajano Reis, 326

Só uma coisa para dizer: APAREÇAM!

domingo, julho 06, 2008

Al Green

Cansado da existência
A gente acorda de ressaca
Liga na sessão da tarde
E espera por mais um final feliz
Acompanhado de uma coca dois litros
E um saco de batatas.
Crucificação e martírio.
Uma mandíbula de imagens
Fodendo o nosso cérebro
Eis que de repente
Alguns segundos de redenção:
O diretor do filme
Teve o bom senso
De colocar Al Green
Para tocar durante os créditos.
E eu acabo
Concordando
Com aquele patético final.
E talvez aquele seja
O único final possível
Para aquele patético filme.
Penso, entre um copo de refrigerante
E outro, entre uma batata
E outra,
Em colocar Al Green
Para tocar à noite
No meu quarto
Antes de dormir.


quinta-feira, julho 03, 2008

Comercial

Você me enfurnou numa novela da globo
E agora eu espero uma brecha
A hora do comercial para sumir
E me redimir frente ao nosso universo
De trágicas futilidades e trágicos
Epitáfios de pára-choques de caminhão
Estou no limite entre a sonda estelar
E a molécula do chão
Prestes a explodir o próximo capitulo
O próximo final feliz
Ou a dormir acordado
Em todos os nossos
Episódios.

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