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terça-feira, janeiro 27, 2009

Trecho da peça "Mentira!"

(...)
Jacques-Louis A – por que tudo é uma mentira, você não percebe...você é uma mentira, eu sou uma mentira...apenas o que não é falado, seja com imagens, sons, palavras, só o que não é falado pode ser verdade...

Charlotte B – eu sei é que muita gente está morrendo por causa disto...

Jacques-Louis A – por causa de uma mentira...

Autor B - Irônica

Charlotte A – isto!

Jacques-Louis B – e você quer que eu convença as pessoas a não se matarem com uma outra mentira, outra “obra de arte”?

Charlotte B – eu não estou falando de mentiras...

Jacques-Louis A – está falando do que então?

Charlotte A – da sensibilidade artística...

Jacques-Louis B –Mentira!

Charlotte B – da profundidade artística...

Jacques-Louis A – Mentira!

Charlotte A – da verdade que existe nisto tudo...

Jacques-Louis B e A – Mentira, mentira, mentira!

Charlotte B – e o que é a verdade então?

Autor A – Pausa longa. Jacques-Louis pensa a respeito.

Jacques-Louis B – a senhora sabe do bando de miseráveis que clamavam por comida antes de se instalar a revolução?

Autor B – Entra uma música comovente
(...)

Mais informações no blog da Dezoito Zero Um - Cia de Teatro
www.dezoitozeroum.blogspot.com

domingo, janeiro 25, 2009

Toscobrasileirometalinguajar



genial!

quarta-feira, janeiro 21, 2009

Canção nova na área (imaginem uma coisa meio Paulo Vanzolini)

Ninguém ouve ninguém

Botei um bombril na minha antena

Pra acertar a sintonia

E melhorar a minha imagem

Pra mim mesmo

Sumiram os chuviscos

E os fantasmas da memória

Surgiram os programas

E as missas matinais

Agora não tem mais conversa

Todo mundo está em paz

Agora não tem mais conversa

Todo mundo está em paz


E eu sigo contente nesta história

Fazendo um ovo frito

Durante os comerciais

Do último capítulo da novela

Onde todo mundo se descobre irmão

E fica tudo bem

Ninguém ouve ninguém

E fica tudo bem

Ninguém ouve ninguém

Melhor assim, meu bem.


(Gilson Camargo, Alexandre França, Chiris Gomes, Octávio Camargo e Leprevost)


terça-feira, janeiro 20, 2009

Mighty Aphrodite

segunda-feira, janeiro 19, 2009

Confirmada a peça "Mentira!" na programação do festival de teatro de curitiba.

Aguardem mais informações.

sexta-feira, janeiro 16, 2009

A volta dos Iconoclastinhas!

Depois de várias negociações com empresários e grandes corporações do mundo dos espetáculos, a dupla França/Leprevost - Leprevost/França está na área novamente. Confiram um poema desta nova fase.

Princípios

Vou fingir que esse copo d'água
é uma dose de vodka
pra justificar os escândalos da noite
Todos os infernos
pra onde te mandei
naquela época
em que deitei e rolei.
O último grau da lucidez
também produz delírios
se te matei
aqui dentro de mim
não foi por falta de princípios.

Iconoclastinhas - ativar!
França e Leprevost
ontem no Mafalda

terça-feira, janeiro 13, 2009

Homenagem ao bar Venda (já imaginando a Chiris e a Ana cantando)

Samba para Dona Odete


Dona Odete, a senhora acordou

Não foi minha intenção

Que o bar lotou e abalou

O que eu podia fazer

Parar de vender não dá

A clientela não perdoa


Dona Odete, veja bem

Aqui na venda alegria não se vende

Se doa – doa a quem doer

E a senhora precisa cantar

Junto com a gente


Deixar a polícia pra lá

Mudar o seu quarto de lado

E ajudar a acordar

Os vizinhos da frente



(Eu, Leprevost e Reka)

Na Venda (acho que foi semana passada)


segunda-feira, janeiro 12, 2009

"Play" ao vivo na Grande Garagem que Grava



Deixe o limite adormecer
Entre comigo neste ecossistema
De calamidades fisiológicas
Comida processada, refrigerantes,
Bom ar, desodorante e sexo.
Deixe a tela nos engolir
E mergulhemos neste mar de vodka
E solidão aos litros.
Não há motivos para voltar
Há sim motivos para acender o pulmão
Com algum fluído a cada lacuna desbravada.
Vamos arrancar a roupa do dia
Com a nossa afiada falta de bom senso
E mastigar o piso carpetado do medo
Com a dentadura dos prédios mofados
Há sempre alguém acordado por você
Seus pais, sua amante, seus filhos, a rua
Ou melhor, a sua falta de culpa
Nossa série já montada
Proibida para a massa
Proibida para cachorros
Proibida para a sobriedade
Deixe o limite adormecer
E comprove a falta de tato que há numa manhã,
A falta de orgulho que há num final de tarde,
A falta de tédio que há na noite.
Vamos, com os facões da obviedade,
Desligar os programas de auditório
Cortando cabeças, cortando frases
O direito de resposta
As grandes conquistas não serão mais grandes conquistas
Os grandes homens não serão mais grandes homens
Pois grandes seremos nós, sem motivos ou discursos,
Apenas a nossa existência ilimitada
Pois a falta de limite nos dá esse presente:
Dificilmente iremos perceber
A morte ao nosso lado.

quinta-feira, janeiro 08, 2009

Pensar até explodir

(para Reka)


Pensar pensar até explodir

E não estar nem mais lá nem aqui

Em você apenas e

Mudar a cada susto tomado

A cada choque em tomadas

A cada tomada de decisão

Parar pra pensar em você

Enquanto o relógio preso na bomba

Cria a intenção da

Primeira guerra nuclear

Beijar a sua boca e cortar

O fio azul que controla

O tempo

Pensar pensar e explodir mesmo

Em segundos, minutos, meses, anos,

Da sua vida.

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