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segunda-feira, abril 27, 2009

sobre a morte

Colossus
de Goya


Sentimos que a vida pode acabar no próximo segundo. Temos esta intimidade doentia com a morte. Ela nos escuta a noite, nos coloca no colo, nos faz sonhar com a sobrevivência, com sua foice de sombras e expectativas. Falamos sobre morte nas conversas com nós mesmos na cama, no escuro da mente (para a morte não escutar), por que a morte vive aqui dentro do meu quarto, aqui dentro do armário, dentro do edifício, dentro deste bairro, da cidade, do estado, do continente, dos oceanos, ela está sempre nos olhando de cima, a espreitar com seus facões o piso sujo da avenida que diariamente a nossa vida é obrigada a ultrapassar. A morte só é viva quando preenchida com vida e quanto mais significativa é a vida, mais poderosa é a morte.


A morte nos quer vivos

domingo, abril 26, 2009

Mapa Tallis - o Brasil do século 19 na visão dos cartógrafos ingleses

clique na imagem para amplia-la


para ver o mapa com mais detalhes, clique aqui

Descrição

Este mapa do Brasil é um mapa Tallis, identificável pelo estilo pergaminho nas bordas e pelas cenas ricamente ilustradas nele inscritas. John Tallis e Cia. era uma empresa britânica de cartografia que funcionou entre cerca de 1835 a 1860. O mapa foi elaborado e gravado pelo cartógrafo John Rapkin. Os mapas Tallis eram conhecidos por seus desenhos precisos e numerosos topônimos e detalhes geográficos, bem como pela utilização de áreas sombreadas para indicar características topográficas. A beleza artesanal do mapa pode ser vista nas ilustrações coloridas dos quatro cantos que mostram "Barcos no Rio Negro" (canto superior esquerdo), "Santa Catarina" (canto superior direito),"Montevidéu" e "Cabo de Santo Antonio, Bahia" (abaixo, à esquerda), e "Rio de Janeiro" (abaixo, à direita).

Para vasculhar um pouco mais, entre no site http://www.wdl.org/
Carlos Carah


Entre no site http://www.baixocalao.com/carah/ e confira o trabalho incrível do cara.

sábado, abril 25, 2009

a bebida gera calor

As moléculas de lama arranham o pensamento com partículas de caos e chuva de inverno estou no meio do redemoinho lembrando as projeções que criei durante os segundos passados a calor e sucção do espírito estou preso a estes segundos eles me sufocam me atribuem funções de desgosto e frivolidade um esguicho de fisionomia oracular em minha existência limitada.

Sim.

A bebida

Gera

Calor.

quinta-feira, abril 23, 2009

Blog do Luiz Felipe Leprevost

http://www.notasparaumlivrobonito.blogspot.com/

balbucios de blues

Gosto quando chove.
É como se cada gota fosse um recorte da noite
roçando contra o hálito das luzes nos postes.
É como a ferrugem nas cordas do violão
deflagrado por balbucios de blues
pingando nas pupilas.
A chuva me fissura a mergulhar em poças d´água
a procura do avesso dos pulmões sujos de nicotina.
Eu gosto quando chove.
A chuva me conduz ao frescor dolorido
do dente nascendo na boca do neném.

Leprevost


Apareçam!

quarta-feira, abril 22, 2009

Genial

Clique aqui http://uploads.ungrounded.net/221000/221483_Play.swf
Miles Davis

segunda-feira, abril 20, 2009

Para lembrar da tristeza


O dia calou

Chorou num canto da sala

Um cachorro perdido

No meio da rua

Um exílio de lágrima

E chuva

Estas coisas

Que acontecem

Quando alguém

Vai embora

Sem acenos, sem promessas

Sem bilhete na geladeira

Sem falar que

“não foi culpa sua”

sem e-mails, desabafos,

lavação de roupa suja

Enfim sozinho

Sem sombra

De dúvida.

sábado, abril 18, 2009

vandalismo do bem

Heart of a hunter (poem 86)

Select poems by Ezra Pound (poem 1)

The Idea

Cut the bindings off of books found at a used book store. Find poems in the pages by the process of obliteration. Put pages in the mail and send them all around the world. Lather, rinse, repeat.This site is a chronicle of a very specific set of collaborations between the artists listed below working on the titles listed below.

Para saber mais entre aqui

sexta-feira, abril 17, 2009

A cor branca do tédio


O barulho das pálpebras

O ritmo da insônia a martelar

Os pregos da cama

Dos quadros na parede branca

Do mofo na parede

Branca

Com certeza

Hoje um casal se separou

Por um motivo ridículo

E um suicida num cubículo

Se alimenta vorazmente

Do próprio vazio

Nas ruas

O som da metalurgia

A fumaça do frio e dos cigarros

A liturgia do trânsito

O lento atendimento da previdência

O micro crédito da loja endividando

O povo com parcelas da tv

29 polegadas

Por onde anda o herói

Que irá nos salvar

Deste tédio?

Quando foi que perdemos

A divindade

Para estas discussões

Sobre o nada?

quarta-feira, abril 15, 2009

Vamos tirar Jesus da cruz!

terça-feira, abril 07, 2009

Set list “Música de Apartamento” (a ordem ainda não está definida)

foto: Albert Nane

1 - Risada
2 - Valsa do novo casal
3 - Valsa do apartamento (valsa do solteiro)
4 - Mercadoramama
5 - Sono de pedra
6 - Ninguém ouve ninguém
7 - Seguro de vida
8 - Coração cafona
9 - Choro suicida
10 - Porta-retrato
11 - Domínio público
12 - Chora
13 - Música de apartamento (prelúdio 5)

Música de Apartamento (Prelúdio 5)

(Heitor Villa-Lobos e Alexandre França)

Chega mais perto que eu quero te amar

Você sabe que faço a faxina do lar

Tudo pra te agradar

Tudo pra te encontrar

Pra você ficar bem, enfim

Sempre, pra sempre

Até que eu desista

De tanto carinho

De tanto passar nossas roupas

Lavar

Toda tarde a louça

E os vidros da sala

E as coisas jogadas

No quarto

Que no início

Foi cenário

De um amor

Extraordinário

Tão sincero

Um teatro que

Não passa na globo

Mas meu corpo

Sucumbia

As tarefas

Da rotina

Meu

Conviva

Sonhava

E eu

Tomava

Remédio

Com neuroses

Não dormia

Eu perdi a paz

Veja bem

Eu quero que você entenda

Eu te amo, mas

Não posso aceitar a vida como está

Eu não tenho mais sossego

Vou me preparar

À noite

Calmantes

Meu sono e só

Mas se eu resolver sair

Para o bar beber e ouvir

Músicas de apartamento

Agora fazem mais sentido para mim

Já que agora estou aqui

Só quero me divertir

Paro de pensar em casa

E penso que agora eu posso ser feliz

Pra valer

Se for morar lá em casa um dia

Cê sabe que faço a faxina do lar

Tudo pra te agradar

Tudo pra te encontrar

Pra você ficar bem, enfim

Sempre, pra sempre

Até que eu desista

De tanto carinho

De tanto passar nossas roupas

Lavar

Toda tarde a louça

E os vidros da sala

E as coisas jogadas

No quarto


segunda-feira, abril 06, 2009

Som de cristal (não, não estou falando daquela boite na cruz machado)



Via Reka Baby

domingo, abril 05, 2009

Entendam por que "chamar na chincha".

quinta-feira, abril 02, 2009

Livros para que?!


Não gosta de ler? Tem horror às palavras? Então descubra o que fazer com a biblioteca dos seus avós aqui.


afundando

Me afoguei na sua voz
Lendo as palavras
Que escrevia sobre você

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