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quinta-feira, dezembro 27, 2007

E a parceria continua:


História


O tempo passava

Pelo conta-gotas

Da estratosfera

Do céu desta história

Eram estrelas que pingavam

A cada minuto

Beijos de boa noite

Iluminam os dias

Desta nossa história

E nas tardes de histeria

Gritos explodiam fogos

Fúria e rancor no céu da nossa história

Antiga, obscura lenda, mito de algum

Passado inventado

Numa noite minha

Nossa casa intacta na minha memória

Não guardava nada em mim.


Octavio Camargo e Alexandre França

terça-feira, dezembro 25, 2007

Sabrina Lopes

Uma coisa para dar
para uma certa menina:
o banheiro do cinema.

Com uma placa na porta:
mulher grande em roupas de guri
que deixa existirem seus quadris.

Todos os dias, precisamente,
às onze e onze, portas trancadas,
se formaria um círculo
de moças delicadas
que mijariam
se ela deitasse,
vinda do barro
como a cerâmica ,
se quisesse.

Um batalhão , garotas de uniforme,
arrumaria o papel
na posição "correta"
ou eu faria, pra deixá-la certa
de que é amada sempre .
Várias minuciosas vezes.

Um lugar seu
no banheiro público
tão bem aceito
quanto as boas filhas,
mas ainda conquistado
pelo seu tempo de luta:
o dia banal, na rua, à luz,
comigo.

Sabrina Lopes


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domingo, dezembro 23, 2007

Imagens

Há imagens que não se podem tocar
No máximo apertar a mão
No máximo dizer um "oi"
No mínimo dizer que não
Como um distante infeliz que se entristece
Como um cavalo machucado na cidade
Buscando uma só rua constituida de comida
No máximo se fala alguma dor
Que é desconhecida pelo fato
Há imagens que não se podem tocar
No máximo fechar os olhos
Para um sono tranqüilo
Num travesseiro de esperanças
E de uns poucos trocados

sábado, dezembro 22, 2007

E...

...depois da genial apresentação dos amigos (Koproski, Renatão, Luiz Felipe, Falcão, Thadeu, Octavio, Bárbara, Ivan, Magoo, Carlão, entre outros), entre farpas e pontapés rolando nas mesas da Primeira Saideira Cultural do Sal Grosso, surge uma parceria. Fugindo da muvuca, fui conversar um pouco com o meu amigo Edson de Vulcanis "o aranha" numa mesa de canto. O diálogo rendeu frutos. Confira:

A raiva da lua

A esquerda vivia bem
Para ela nunca faltou braços
Já a direita, dedilhava dúvidas

O céu cuspia súplicas
O sol apertava o passo

Quem estava há tempos no centro
Virou sombra e fugiu de si mesmo

A luz que olhava minguante
Com uma velocidade impressionante
Se virou pra iluminar o instante:

A lua levantou o dedo médio
Ela não estava nem à direita
Nem à esquerda e muito menos
no centro das atenções
Com inveja e com raiva de tudo
Mandou o espaço pra aquele lugar.

Edson de Vulcanis e Alexandre França

quarta-feira, dezembro 19, 2007

Caixa de música

Eu preciso de uma música
Que não pare de tocar na minha cabeça
E me entristeça quando eu mandar
Com lágrimas de dormir
Persegui tantas paixões noturnas
Em muitas cenas como esta
Encarando a solidão de frente
Como quem entrega os pontos
Pois não sabe mais perder e ganha
Um pedaço de um vazio qualquer
Como um inseto em noite quente
Preenchendo o silêncio inteiro
Que os estalos de uma casa
Não conseguem preencher
Me faz cantar, compõe a letra
Da canção na minha cabeça
Para acordar toda tristeza estranha
Que for dar na minha telha
Se eu perder mais uma vez me lembre
Ou me ensina a esquecer cantando
Para que eu durma como pedra
Como pedra por cima da gente.

terça-feira, dezembro 18, 2007

quinta-feira, dezembro 13, 2007


CANCELADA A TEMPORADA DE "UM IDIOTA DE PRESENTE"

A Cia de Teatro do Santo Guerreiro informa que por força maior a temporada do espetáculo "Um Idiota de Presente" foi cancelada. Voltaremos com a peça (já com novo texto e montagem) no ano que vem e esperamos a compreensão de todos. A Cia ainda pede desculpas a todos que já adquiriram seus ingressos (sendo que o dinheiro será devolvido na bilheteria do teatro) e agradece a todos que nos apoiaram durante todo o processo de desenvolvimento da Cia e também a todos que estão nos apoiando neste momento difícil. A todos que acompanham a Cia de perto - e nos apoiam neste momento - o nosso muito obrigado.

Atenciosamente

Cia de Teatro do Santo Guerreiro

quarta-feira, dezembro 12, 2007

Um Idiota de Presente - reestréia dia 13 de dezembro (nesta quinta-feira), às 21h00- APAREÇAM

Verônica Rodrigues (Maria) e Helena Portela (Sônia) - Foto: Marcos Pratt

Sônia – então, hoje de tarde aconteceu uma coisa engraçada

Maria – sim?

Sônia– chegou uma mulher...uma destas mendigas querendo me vender umas canetas. E ela ficava repetindo: “amiga, compra uma caneta...é duas por cincão”. Mas assim, ela não parava, ficou uns dez minutos nesta: “amiga, compra uma caneta...é duas por cincão”. E eu repetindo “não, hoje não, muito obrigada”...enfim sabe o que ela me disse depois do meu último “não, hoje não”?

Maria – o que?

Sônia – “não sou mais sua amiga”.

Maria (risos contidos) que piada...(pausa) e o João?

Sônia – tá bem...

Maria – o que ele falou sobre o filho que você está esperando?

Sônia(meio constrangida) Nada

Maria (indignada) como assim nada?!

Sônia – nada, ué...ele preferiu não tocar no assunto...(pausa) depois fomos para aquele motel do centro e...e está tudo bem

Maria(irônica) não me diga que você pagou?!

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este é um trecho da peça "Um Idiota de Presente" que conta a história de duas irmãs: Maria e Sônia que, apesar das divergências, moram juntas no centro da cidade. A primeira locomove-se por opção em uma cadeira de rodas e carrega uma vasta bagagem literária. A segunda, por sua vez, não tem tempo para ler - no máximo interpreta o horóscopo do dia - e dedica a vida para cuidar do apartamento e da irmã, além de tentar reconstruir um relacionamento falido com o ex-namorado que a abandonou grávida. "Um Idiota de Presente" reestréia amanhã, dia 13, às 21h00, no Mini Auditório do Guaíra, e vai até o dia 16. Eu conto com a presença de todos vocês - APAREÇAM e novamente levem amigos, namorada(o), mãe, pai, avô, avó, tio, tia, cachorro, papagaio...e dia 16 (domingo) às 17h00, para quem já conhece a peça, faremos uma leitura da nova versão do texto "Um Idiota de Presente - versão do dramaturgo"!


Serviço

Um Idiota de Presente
De quinta (13) a sábado (15), às 21h. Domingo (16), às 19h.
Mini Auditório do Teatro Guaíra (Rua Amintas de Barros, s/nº)

Tel.: (41) 3304-7900.
Entrada: R$ 10,00 e R$ 5,00 (meia-entrada).

terça-feira, dezembro 11, 2007

Play no Pó & Teias

E o poeta Ricardo Pozzo postou um poema meu ("Play") no blog Pó e Teias. Clique nesse link e confira. http://poeteias.blogspot.com/search/label/alexandre%20fran%C3%A7a%20%28convidado%29

Sobre Pó e Teias
"O grupo segue o "movimento maradigmático" idealizado pela professora e escritora Glória Kirinus, com base em Heráclito, Gaston Bachelard e Michel Maffesoli. Reuniões às 2ª-feiras, das 18 às 20 horas, no 3º andar da BPP (Rua Cândido Lopes)".

quinta-feira, dezembro 06, 2007

Show no Circuito Cultural Banco do Brasil

(clique na imagem para ampliá-la)
Gente, espero a presença de todos vocês no show que farei no Museu Oscar Niemeyer às 19h30 nesta sexta. Para mim é muito importante a presença dos amigos para dar uma energia extra neste que é o show do cd "a solidão não mata, dá a idéia" mais importante deste ano. APAREÇAM e levem a namorada, o pai, a mãe, a avó, o avô, os primos, o cachorro, papagaio...

segunda-feira, dezembro 03, 2007

Porão Loquax - a solidão não mata, dá a idéia

E aquecendo as turbinas do show do dia 7 (sexta) pelo circuito cultural banco do brasil, farei uma apresentação no Wonka bar amanhã (terça, dia 4) dentro do projeto Porão Loquax. Novos poemas e algumas músicas do cd "a solidão não mata, dá a idéia". Apareçam.

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