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quarta-feira, janeiro 25, 2006

Poetas do Batel

Ponto Final, 4:30 da manhã. O ventilador de teto dizia-nos: façam o mundo girar! E nós capotávamos o carro em toda fossa que encontrávamos no caminho. E gritávamos em ônibus circular-centro a nossa sacada: em guaratuba ou em caiobá, de frente para praia, sem fazer nada e achando que se fazia o necessário. Não pegávamos o interbairros I, apenas admirávamos aquele amontoado de estudantes do cefet a suportar o frio intervalo entre a aula e o próximo gole. Comíamos no falecido maionese dogs e jogávamos truco nas mesas do colégio Positivo. Não frequentávamos casas de show, no máximo uma zoninha de família. Não frenquentaríamos mais bares podres, gato preto e espetinhos, mas sim a podre limpeza de querosene dos nossos quartos. Não saberíamos das últimas fofocas da política judia de Curitiba. O ventilador de teto mandava-nos: façam o mundo girar! E nós tomávamos guaraná light na beira da piscina de asfalto da avenida Batel. Nós éramos os poetas do Batel e fazíamos o mundo girar a passos de sandálias havaianas brancas, que passo à passo entrava na moda. Ponto Final, 7:30 da manhã, vazio. De volta pra casa um acidente de carrro. Alguém ronca no banco traseiro. A gente ouve um som bem maneiro do Rio de Janeiro (os de Curitiba a gente ouve uma só vez, por curiosidade). A gente ilumina a avenida 7 de setembro com catarradas e bitucas de cigarro. O mundo começa a girar. Uma só ardência no estômago. A gente não queria que o mundo girasse, ventilador de merda...a gente só não queria era passar calor.

sábado, janeiro 21, 2006

Natasha

Eis que depois de uma luta entre pesos pesados lá na praia (estômagos versus peças de alcatra), nada melhor para relaxar do que as irmãs Natashas...as albinas Natashas...as pau d'água Natashas...as fogosas Natashas...as escandalosas Natashas...as "da-boca-pra-fora" Natashas...as maravilhosas, vitaminadas e (por que não) nutritivas NATASHAS!!! Eu, Leprevost, Koproski e Troy fizemos essa:

Natasha
você acha que há um racha
entre o peito e o coração.
Mas Nati
meu sangue é um mangue
movendo-se na velocidade da canção
(...)
(daí vem mais uma parte tipo esta que eu esqueci...acho que o Troy gravou)
(...)
Natasha você cospe o concreto do osso na destilação

E daeh Felipinho, gostou da parte nova?

segunda-feira, janeiro 16, 2006

Mais uma do Chico

Impressionante como há músicas que surgem no dia e na hora exata...como essa do Grande Circo Místico (edu lobo e chico buarque). Curiosamente eu chorei na tarde de domingo passado.

"em toda canção
o palhaço é um charlatão
que esparrama tanta gargalhada da boca pra fora
dizem que o seu coração pintado
toda tarde de domingo chora"

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