.

segunda-feira, agosto 09, 2004

A tela azul do corredor do paraíso (paraíso nenhum). Vermelha é a estrada para o campo de colher memórias, extrair faíscas de tempo. Na caneta da simplicidade bélica dos passos, o murmúrio acionado pela desilusão, a força das mãos ao erguer um filho recém nascido, a carreira de solidão que as migalhas do trabalho forçado nos dá. Neste corredor, as coisas servem para mergulhar olhares. Destilar citoplasma das pálpebras cerradas. O cinto aperta o céu com força, enquanto as estrelas assustadas fogem dos fuzis empunhados pelos sóis dos mundos. A corrente de ouro que a luz do quarto esconde não é feita para coroar ninguém.
Nenhum mar
no corredor do inferno
agüenta o calor
que o medo provoca de manhã.

Dezoito Zero Um no Facebook

Arquivo do blog