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sexta-feira, junho 04, 2004

tempo

Seguia os caminhos desenhados pela íris, eles me levavam a retina e me enterravam. O que eu aprendi te olhando foi isto, me esconder dentro do meu casco. O poder das folhas levadas pelo vento, a minha impotência em ir embora no momento errado. O meu caminho nunca foi bem iluminado, a chuva caía oblíqua, espelhava a noite na cara da forma como a noite esperava ser espelhada. A noite gosta de escorrer nos corpos. A chuva a ajuda. Obrigava os cabelos às considerações de tuas mãos. Entregava-me ao teu ventre. A minha idade era alterada a cada minuto. Eram bons os tempos em que o tempo se entregava ao espaço.

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