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terça-feira, junho 22, 2004

A palavra amor tem a mesma gravidade do arrependimento. Hoje em dia não dá mais para dizer que se ama, assim como não dá mais para dizer que se pegou gripe. O medo de amar está na vontade de se afastar daquilo que é doente. O medo de falar está na velhice mal acabada que se desenvolveu na infância. A boca não dá tréguas ao infeliz que não sabe amar. A boca fecha portas ao mal amado. Nada pode ser pior do que não escutar a voz da pessoa que se ama. É na cor do tom da voz que se sabe quando se mente ou não. Desconhecer a realidade é ser um analfabeto das imagens do mundo. Não admitir que se é amado é perseguir a si mesmo num mundo analfabeto. Não amar é ser um analfabeto em sentir tudo.

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