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segunda-feira, maio 25, 2009

Jorge Barbosa Filho



Cemitério de Pulgas

Você sempre quis ser bonita,
Sair bem na fotografia!
Ser muito bem editada
Só pra ficar na fita...
Da sociedade imbecil de Curitiba...

Eu tenho amigos
Que querem se matar
Por motivos tão breves,
Mas não têm a coragem de se jogar...
Ou recitar um verso honesto!

Ninguém está na minha pele
Para saber se choro ou Rio.
Talvez eu seja São Jorge, São Paulo!
O santo oco quando estou quieto,
Desde o instante que começo vociferar...

Não quero ninguém do meu lado!
Pra me dizer que sou o culpado
Pelos milagres dos incompetentes
Do sorriso Largo da Ordem,
Banguela da Boca Maldita.

A Rua XV é uma reta
Que me atinge como o cinismo
Da mulher que amo, e sangro!
Tanto, tanto! Até morrer por enquanto...
Por enquanto... Por enquanto...

Sou uma sombra vermelha na calçada,
Pisoteada com alegria, dos passantes
Que vem e vão, em vão!!!!!
De lá pra do aqui do aqui mesmo...
Os mesmos...

Você fica com este cemitério de pulgas
Pulsando ao teu lado, uhummm!!!
Se coça... desconfio da mulher que roça...
A xota pra fazer cultura...
Aposta!!!!!! Aposta?????



Jorge Barbosa Filho

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