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quinta-feira, março 24, 2005

Escuta, porque eu faria um poema pra você?
(pergunto vermelho, com uma voz avermelhada)
Pois a cada dia de guerra
entre as palavras mais belas,
um verso passa vivo por você.
Assim o sangue corre para coagular o que não foi dito.

Na minha cabeça,
vejo você me olhar, me tocar e me mostrar o que em mim eu esqueci.
A raiva chora, soluça solidão e eu silencio sozinho.
Aqui começa a ilusão,
A poesia
E as coisas natimortas que deixei de falar.

Eu faço um poema para calar
E para olhar o azul da chuva.
Para lembrar que o som dela
Seria a sua mão em meus cabelos.
Para sarar a minha falta de insônia.
Para formar um par em toda dança.
Para dançar solitário na presença da minha vergonha.
Por que de outra forma eu não consigo gostar tanto
Por que de outra forma um simples gostar não poderia ser chamado de amor.

Por que no poema eu posso amar em qualquer canto.

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