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sexta-feira, outubro 29, 2004

Para a formação do casal

Cada janela é um olho que abre apenas quando precisa de luz. Os joelhos dos altares dobram as nossas preces. As cortinas abraçam o ar para desembaraçar memórias. Nada melhor do que estalar lembranças em dias de chuva. Ouço o formigueiro de letras a desatar extravagâncias nos ouvidos. Considero todo casal de sílabas que o dia nos devota a cada minuto. Tomei um banho de poesia ao visitar a sua casa e hoje, especialmente, não precisarei da palavra.

Não precisar da palavra é uma esperança para aqueles que ainda não aprenderam a criar flores.

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