.

terça-feira, setembro 21, 2004

Convite

Não há estrelas no céu
E me permito dormir na rua.
Outros olham
Criam asas em garrafas de fogo
Queimam casas
Gritam mares.
Uns choram filhos,
Matam as pazes;
Tocam oásis em almas tristes
E eu procuro estrelas onde não há cantares.
Procuro para não dormir
E não penar apetecido.

Já de dia, escavo com os poros
O lume saboroso do meio-dia
E os dedos corroboram em irem para fora.
Outras vozes, coisas de plástico, envolvem o que deve acordar no final da tarde.
A cor cospe fogos de fulgor no céu.
Olho outros.
Finjo estático a última estátua de desamor.
Me atrevo a encontrar um ponto luminoso no azul.
No preto, me encontro a afogar-me profundamente no roxo.
As estrelas partem, e explodindo as células do meu corpo
Um néon bordô rabisca a noite
ENTRE
ENTRE
ENTRE

Dezoito Zero Um no Facebook

Arquivo do blog