.

segunda-feira, junho 20, 2011

Sobre "a fachada e os fundos" de Edson Falcão
por Ricardo Pozzo

exercício de resenha da a fachada e os fundos


Terceiro livro do filósofo e poeta, nascido em Pitanga - PR, Edson Falcão [A Fachada e os Fundos], editado pela 1801 Cultura e Arte em 2010 nos traz a maturidade de um poeta que fala de suas raízes, como anteparo ao caos "urbefágico"! A complexidade da poesia de Falcão vem da simplicidade das metáforas a que recorre, como se o campo, a casa e seus afazeres tornassem-se símbolos do Si Mesmo, que dialeticamente dialoga com o "outro", ou a "outra paisagem" urbana, feroz, na tentativa cotidiana de resignificar-se, como no mito hebraico em que Adão dá nome a toda Criação!
É esse o exercício do arado da Consciência!
O poeta, jornalista e historiador, Jaques Brand, acervo vivo da cultura da capital paranaense, faz a apresentação do livro e nos conta as "desqualidades" de Falcão para tornar-se um poeta de "sucesso institucional" ou que se coloca "às luzes da ribalta"! Não é um alcoolista com algum beatnik na ponta da língua, não fala decibéis acima do normal, não participa de um grupo de congratulações mútuas, não tem amigos na mídia nacional, entre outros!
Não! Edson Falcão não é um poeta maldito, pelo contrário! É poeta abençoado pela lucidez das experiências da infância, pela sutileza de sua poesia que filosófa com o mais entruncado dilema - a existência!
O livro contêm ainda poemas dos livros anteriores de Edson, "As musas do canal belém", 2001 e o "O ossário de um ferreiro", 2003

Ricardo Pozzo

Dezoito Zero Um no Facebook

Arquivo do blog