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terça-feira, janeiro 23, 2007


Voltando ao tempo das armas brancas (depois de ler a capa de uma tribuna e lembrar daquela cena do corredor de sangue)

Um cheiro de borracha queimada
E enxofre num quarto pós-morte
O pai declara num último gole
De saliva e lábios moles:
“você não é profunda só
por que o seu mapa astral disse”
“você é incapaz de me entender”
Retruca a filha retorcendo
A velha tramontina enferrujada
Na barriga do velho bêbado
Os paramédicos do inferno
Aplaudem o espocar de uma
Chandon de sangue, enquanto
As carpideiras recolhem os trocados
De algum circo de horrores

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