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sábado, agosto 19, 2006

velu frost-nive de anãs a vis

Vocês se lembram do desafio que eu havia proposto há alguns posts atrás, de que eu daria 10 reais para quem decifrasse o verso acima? Pois então, a própria autora do verso (Jussara Salazar) me mandou a "tradução", não apenas deste verso, mas do poema inteiro em questão. Para a minha surpresa, a "tradução" é na verdade um belo poema (na minha opinião, muito mais legível e expressivo do que o original...aliás fiz uma experiência e tirei o "velu frost-nive de anãs a vis", acho que melhorou ainda mais). Bom, quanto aos 10 reais que eu prometi Jussara...posso deixar na conta?

: Sphinx :
: Esfinge (decifra-me ou te devorarei)


Helena conduzia as cabras
Uma mulher caminha
anoite solitude
na solidão da noite


conduzia o ovo hybris
caminha e carrega sua história incerta
e o oceano
e carrega o mar
por constelar o céu
por refletir as estrelas


que volantim circundando
que qualquer um rodeando
via no lunarium temor vacivo
via na lua seu medo do vazio


velu frost-nive de anãs a vis
da pele fria-neve de anãs vis-a vis


a saber um dia
pelo que se soube um dia
saltou
pulou


no púrpura límpido
em um vermelho claro e sangrento.

Jussara Salazar
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agora só poema-tradução sem o tal verso:


: Esfinge (decifra-me ou te devorarei)


Uma mulher caminha
na solidão da noite


caminha e carrega
sua história incerta
carrega o mar
por refletir as estrelas

qualquer um que passa
vê na lua seu medo do vazio


pelo que se soube
um dia pulou


em um vermelho claro e sangrento.

Jussara Salazar

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