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segunda-feira, outubro 24, 2005

Ontem eu não dormi direito

Há uma goteira em minha mente,
(Olheira de ontem, de hoje e sempre)
Muito embora a cabeça não sinta
Este pente de balas usadas,
Há palavras suas em minha carne:
São linhas ocupadas,
Um constante "ligue mais tarde",
Beijos sem o abrigo de uma boca
Boca sem o preciso atalho dos dentes.
Há uma falta de fome em meu estômago,
Como se o ar fosse um tipo de sangue
Que só eu consigo devorar.
Há suor em minhas paredes cansadas de me olhar,
Há saliva nas fechaduras,
Gozo nas torneiras,
Chuva nos tapetes,
Há uma febre doente em mim
Que precisa, urgentemente,
Contagiar.

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