Crítica do site Curitiba Cultura sobre a peça Habitué
(Palmas)
Gostei, achei legal. LEGAL? é... essa coisa do sujeito conversando com ele mesmo, como isso toma forma. COMO VC PERCEBEU QUEM ERA QUEM? achei evidente pela atuação da iluminação sobre os personagens, pela presença de apenas um copo, que sempre ficava com a parte física da estória – o Otavio Linhares. E A PARTE NÃO FÍSICA, O QUE ERA? a parte não física era a consciência, o imaginário, as vozes que povoam esse imaginário. palavras que li no programa, antes de assistir a peça. E VC ACREDITOU NISSO? sim, acreditei. foi isso que vi no palco. E PQ ESSA CONSCIÊNCIA FOI ENCENADA POR UMA MULHER? poutz... bom... também segundo o programa são quatro vozes interpretadas pela Maia Piva: uma é a ex-mulher, a outra a namorada puta e a outra não percebi claramente, mas suponho que seja da filha dele. Ainda falta a masculina, que é o superego – interpretei assim pelo fato de sempre estar questionando, se impondo, jogando verdades na cara do otário. OTÁRIO MESMO, O QUE ELE FEZ COM A FILHA É LAMENTÁVEL... MAS ESSE SUPEREGO ERA UM BÊBADO ESTÚPIDO, NÉ? também achei. mas era sincero. o sobretudo nele me reforça essa impressão.CUIDADO PARA NÃO BATER NA PESSOA. O DEGRAU, DEGRAU... VC AINDA NÃO RESPONDEU O PQ DA MULHER... então, acho q reforça a questão feminina, num sei... E AQUELA PARTE QUE TIRA O BRINCO? SACOU? Não muito... EU ACHO QUE É UMA FORMA DE DAR ADEUS! pode ser... NÃO ACHOU UM POUCO MONÓTONO? não, acho que o ritmo é bom, a coisa é meio letárgica mesmo – o fim de um bêbado -, e existem os rompantes que elevam a tensão. E O ISQUEIRO? O isqueiro essa coisa de tentar, da repetição – que também é bastante usada nas falas - tipo sei lá, o eterno retorno, mas sobretudo uma coisa sem gás, sem chama. IH, OLHA, ELA VAI FALAR:
- E aí, gostou da peça?
http://www.curitibacultura.com.br/blogs/teatro/papo-cabeca-saindo-da-habitue