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quinta-feira, setembro 02, 2010

E no Caderno G

Quinta-feira, 02/09/2010

Anaterra Viana/Divulgação

Anaterra Viana/Divulgação / Alexandre França e Edson Falcão: poetas que autografam obras inéditas na noite de hoje Alexandre França e Edson Falcão: poetas que autografam obras inéditas na noite de hoje
Mercado editorial

Uma aposta na poesia

Publicado em 02/09/2010 | Marcio Renato dos Santos

Alexandre França é um sujeito que concilia o lado lúdico com a praticidade. Ele escreve textos inventivos, compõe canções e ainda dá conta de fazer com que a sua produção tenha visibilidade.

Depois de ter publicado dois livros de poemas, gravado dois álbuns, além das cinco peças de teatro que estão em seu currículo, o curitibano de 28 anos acaba de criar uma editora. Trata-se do selo Dezoito Zero Um – Cultura e Arte, que lança na noite de hoje dois livros: a fachada e os fundos, de Edson Falcão, e de doze em doze horas, do próprio França.

O autor e editor afirma que o objetivo do selo é viabilizar, em um primeiro momento, obras poéticas que, na avaliação dele, não estão sendo publicadas pelas grandes editoras. Posteriormente, a meta é imprimir textos de dramaturgia. “Acima de tudo, meu projeto é veicular títulos que não tenham apelo comercial”, diz.

Os dois primeiros títulos mal foram impressos e França já anuncia que, em breve, vai publicar obras de Luiz Felipe Leprevost e Rodrigo Madeira, jovens autores que começam a encontrar ressonância entre o público ávido por poesia contemporânea.

Geracional

França conta que decidiu editar Edson Falcão, 31 anos, pelo fato de o poeta apresentar um texto, para ele, de muita qualidade. “O Falcão cria metáforas inusitadas”, comenta o editor. O poeta Jaques Brandt, no texto de apresentação do livro de Falcão, observa que o poeta realiza um fazer poético autêntico, “como água cristalina, que brota de uma fonte situada no interior”.

No livro de Alexandre França, a apresentação foi feita por Márcio Matanna, um nome respeitado entre dramaturgos e atores em Curitiba. Matanna chama a atenção para o fato de França tratar literariamente da vida noturna curitibana: “Se cada cidade madura tem seus mitos, então poderíamos afirmar que Curitiba cultiva em si mesmo o mito da solidão e o mito do suicida, e a poesia de França cava um túnel rumo ao fundo dessa mitologia”.

Sem parar

Dezoito Zero Um, além de ser nome de selo editorial, é o número do apartamento onde França vive e, sobretudo, o cenário em que ele trabalha continuamente. O poeta, compositor e dramaturgo finalizou um romance, que pretende deixar “descansando”. “Daqui a algum tempo, vou reler para ter uma visão mais crítica e poder resolver os eventuais problemas”, conta.

Mas, como nem tudo é apenas trabalho, no dia 14 de setembro ele desligará o computador para realizar a festa de lançamento do selo Dezoito Zero Um Cultura e Arte no Wonka Bar. Haverá show da banda Confraria da Costa, além da presença de Edson Falcão, Luiz Felipe Leprevost e do próprio França. Os poetas vão declamar textos e autografar livros.

Serviço

Lançamento dos livros a fachada e os fundos, de Edson Falcão e de doze em doze horas, de Alexandre França. Livraria Arte e Letra (R. Pres. Taunay, 40, dentro do Lucca Café), (41) 3016-6675. Dia 2, às 19h30. Os livros custam R$ 20 cada. Entrada franca.

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