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terça-feira, fevereiro 19, 2008

Fuga do tempo

Parem o tempo!
Ele não pode escapar!
Sigam aquele tempo, ali
Com circulação vermelha
Pelo corpo
Barrem o tempo
Na alfândega, com suas muambas
De espaço, deixe ele cair
Com seus quilos de substância
Ilegal,
Seus quilos de números
Meios e medidas.
Barrem o tempo na porta giratória
Do banco de todo dia
Barrem o tempo com o tédio
Da fila de banco
De praticamente
Todos os dias.
Barrem o tempo nas corridas,
Nos horários marcados,
Nos horários desmarcados.
Não deixemos que o tempo
Tome conta do nosso tempo.
Não deixemos que o tempo
O tempo todo
Nos faça de otário.

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