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segunda-feira, abril 09, 2007

ei, guria
então, sonhei que jogava boliche
numa pista de silêncios constrangedores
e a bola negra e brilhante
era o mundo derrubando os peões
inoperantes
a vodka, minha única arma branca
nunca quis me matar
e você me esperava na porta
balançando um chaveiro velho
pra lá e pra cá
eu te falava vem cá
você ficava sem nada a perder
eu beijava desajeitado
o seu sorriso parado no canto da boca e...
engraçado
isto no sonho me fez sorrir sem querer.

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