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sexta-feira, fevereiro 03, 2006

Iconoclastinhas na área (Luiz Felipe, o poema abaixo é para ser continuado)

O perfume da vodka expulsava os bons espíritos
e até as bolachas submetidas aos copos de cerveja
ressecavam e carcomiam.
A madeira, ainda podre, cuspia chicletes velhos
e a platéia sorria com os dentes partidos do bêbado
adormecido no último sofá da sala vago
um pivô ainda escorava o limite
entre o sono e a noite banguela
eu era aquele bêbado
e decidi dormir.

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