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quinta-feira, abril 28, 2005

Semana passada passei por uma cena patética, na qual eu era o protagonista. Enchi o saco do meu amigo Riad. Fiz esse poema como um pedido de desculpas.

Vou embora para o Ponto

Aqui estou,
No Ponto Final,
Bêbado,
Jurando não estar bêbado
Para ficar ainda mais bêbado
E escancarado revelar para mim
O que eu achar dentro de mim.
Peço um soco na cara da mentira,
O copo, o palco, o fim,
E já sou a mira no olho da surpresa,
As canções de explodir botequim.
Aqui sou amigo dos reis (Riad, Henrique, Morais, Juarez e Iran)
E das rainhas (Marlene, Carol e Amira)
Por que o Ponto é este forte abraço em quem entra,
Este beijo em quem fica.
Suas cortinas, seus quadros e tintas
Não são da década de 80,
São das exageradas horas da boemia.
No Ponto eu durmo, choro insolente,
Rio e me espalho como maresia
(a ferrugem a descascar a mente).
Dou início a partida entre o amor, a paixão e a companhia,
E me entrego às palavras líricas,
Às rimas pobres, aos beijos de língua.
No Ponto, sofro desta síndrome:
Eu me apaixono de noite,
Esqueço de tudo de dia.
No Ponto eu me encontro sentado,
Fumando um cigarro, quase triste...
...Triste e sozinho.
Aqui eu converso comigo e pronto:
Feliz e empolgado peço mais uma (duas, três ou quatro)
Num brinde de olhar que me alivia.
No Ponto, há sempre
O final de um filme
E de um ofegante suspiro da vida.

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