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segunda-feira, maio 03, 2004

Comparações de fim de tarde

A lágrima lenta, o orvalho da pulsação. A grama seca do pasto, o cenário do corpo ao sair do banho gelado. As lascas da beirada do rio, o escoar apressado da gordura no sangue. Os olhos serrados ao amanhecer, o rabisco de um desenho no rascunho do azulejo pálido. As cruzes das igrejas curitibanas, a régua de um arquiteto depressivo. O relógio parado ao meio dia, o início da minha última melodia cafona.

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