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segunda-feira, maio 24, 2004

Sair
A tela do computador é uma mãe, abraça-nos com o olho. E o que mais importa depois das três senão satisfazer o corpo com o resto dos nossos fluídos, enxaguar o ventre com poesia. Quando a madrugada acorda, nada de pardais, só a tela do computador ao nosso redor. A cachaça nestas ocasiões nos refresca o tato. O que de vidro tinha os espaços, adquire uma textura de pétala. A tela do computador agora sozinha. A rua nos deixa passar, mas não nos abraça. Finalmente, no bar, a lembrança da minha verdadeira mãe.

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