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sexta-feira, maio 28, 2004

entre moléculas

Mordo um pedaço da areia do seu choro. Mastigo o gelo do orvalho do seu corpo. Morro congelado nas suas mãos. O meu sorriso não mudará até o fim da página. O meu sabor não estragará até o fim das ruínas. A minha boca continuará aberta ao seu céu.

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