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quarta-feira, junho 23, 2004

Durmo de bruços nos nossos dias. Olho para cama como olhava para o espelho d’água do asfalto. Quando me vejo deitado, quando sei que está sentada relando a mão na minha coxa, quando o céu cair e eu não ficar sabendo, estarei de bruços me submetendo à você. À noite, a vida não foi feita para ficar sabendo de alguma coisa. À noite, a vida foi feita para nos distrair e para não ser de qualquer vida. O sexo nunca foi vida, na noite nada tem vida própria. A noite é uma vida invejosa que suga as outras para sobreviver.

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