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domingo, agosto 07, 2005

esse vai para alguma guria fumante.

o olho da garrafa estilhaçava
a garganta que eu rasgava
para vê-la.
enquanto dava a última prega
à minha saga (bar, armada, saideira e cama)
roubava o cinzeiro das suas cinzas
fumadas na mesa.
pertenço muito ao seu pulmão
você me sopra o bico
para esfriar a manhã.
nas cordas vocais dos meus sonhos
ainda ouço a sua voz falar:
- te amo, meu bem, mas vai
diz que me ama.

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