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sábado, março 05, 2005

Planos de poesia barata

Talvez eu dê uma passada lá no café cultura. O Samuel descreveu bem o lugar com o poema abaixo, que me deu saudades daquelas noites e da cerveja com calabresa, cavaco e tamborim.


culatra café cultura


o rito cultura
o tiro culatra


e com movimentos ensandecidos
apunhalavam a canetadas
(tragos de chopp mordidas na calabresa)
as paredes imaculadamente brancas
que não mereciam


eu não mereço, ninguém merece
o café é cultura
parede é cultura
mas a comida é barata
(mordidas na calabresa)
e a poesia punhal na parede



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Samuel Araujo

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