Coleciono os vazios das caixas de papelão. Vôo ao véu destes vácuos e velo um outro céu de solidão. O que não guardei, o que não ficou algemado a estrelas carentes das carências tolas da compaixão. Coleciono e me apego a este chão. A caminhar sobre o nada, imagino uma esmola da amplidão do mundo. Pessoas querendo o meu corpo, o meu rosto.
Pessoas a espera do milagre pelo simples toque da minha mão.