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sexta-feira, janeiro 25, 2008

Engolindo a madrugada

A medida dos meus sonhos
Escorreu na minha língua
Um licor de dependência
Despencando da retina
Que me olhava devagar
Um calor insuportável
Me abraçava em despedida
E o dia foi lidando de maneira objetiva
Com quem mora neste bar

Engolindo a madrugada
Enquanto ela nos engole
Ela finge que me ama
E me consome
Engolindo a madrugada
Enquanto ela nos engole
Ela finge que me ama
E me consome, e me engole, e me cospe
Da boca pra fora.

Bóia triste a fé de um homem
Em copo americano
Enquanto a noite vai rasgando
As entranhas de um estranho
Que parou de respirar
Na espinha corre fria
Uma raiva incontrolável
São disparos da violência
Que tomava de assalto
Minha vontade de gritar

Engolindo a madrugada
Enquanto ela nos engole
Ela finge que me ama
E me consome
Engolindo a madrugada
Enquanto ela nos engole
Ela finge que me ama
E me consome, e me engole, e me cospe
Da boca pra fora.

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