Sopros orientais
Em coma, os sonhos de ontem à noite esperam o roncar da garganta, o rugir dos ferros podres da alma. Louca, tirava a sua, a minha, a roupa de tudo que encontrava. Dava-me tapas na cara, soluços de amores perdidos. Suas vontades não deixavam recado de batom. No quarto éramos nós dois. Você dormia e eu ali: a espera do sutil toque da gorda e suja mosca-morte. As 7:30 da matina eu morria. No inferno a encontrei, meu bem...
...e ardia e não dava tempo nem de dizer “adeus”.