APAREÇAM!
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Blues Curitibano
sexta-feira, agosto 27, 2010
Saiu no blog do Luiz Claudio Oliveira da Gazeta do Povo.
Os livros "de doze em doze horas", de Alexandre França, e a "fachada e os fundos", de Edson Falcão
SELO LITERÁRIO DEZOITO ZERO UM CHEGA COM A PROPOSTA DE LANÇAR A NOVA POESIA CURITIBANA.
Dia 2 de setembro a livraria Arte e Letra recebe o lançamento dos livros ‘de doze em doze horas’, de Alexandre França, e a ‘fachada e os fundos’ de Edson Falcão. E no dia 14, no Wonka Bar, será celebrado o lançamento do selo Dezoito Zero Um Cultura e Arte.
O selo Dezoito Zero Um – Cultura e Arte começa as suas atividades lançando dois poetas representativos de Curitiba: Edson Falcão e Alexandre França. É a Coleção Poesia - Dezoito Zero Um que pretende publicar, dentro em breve, mais poetas da nossa cidade, sempre com um apelo visual único, seguindo a tendência de publicações de ponta no Brasil e no exterior. Com a idéia de materializar no objeto livro a idéia central da publicação, os livros da Dezoito Zero Um não possuem texto de contra-capa, logomarcas ou signos que interfiram na apreciação visual de suas concepções: tudo é confeccionado pensando no conceito principal da obra. Na capa do livro do poeta Edson Falcão, por exemplo, temos uma brincadeira com o título “a fachada e os fundos”, quando percebemos que, na contra-capa, este título encontra-se invertido.
“Tudo começou com a idéia de criar um selo de música”, conta Alexandre França, editor e criador do selo. “Até então não tinha um nome, daí me veio a idéia de pegar o mesmo nome da minha companhia de teatro, formando mais um braço de produção cultural”. Apoiada pela lei do mecenato da Fundação Cultural de Curitiba, e com design gráfico assinado por Giovanni Dameto da G de Gato, a Dezoito Zero Um pretende, no futuro, publicar coleções de prosa e dramaturgia. Alguns nomes já estão cotados para futuras publicações, como o escritor Luiz Felipe Leprevost, o poeta Rodrigo Madeira, entre outros. “Queremos no futuro formar um bom painel do que aconteceu na cidade nestes anos”, conta Alexandre. Perguntado sobre o significado do nome Dezoito Zero Um, França explica: “é o número do meu apartamento”.
Sobre os livros
Edson Falcão nos apresenta, nos 44 novos poemas desta obra e nos outros 23 retirados de outros livros e incluídos nesta publicação, uma profunda visão do homem contemporâneo nos seus mais diferentes aspectos. Com uma poética seca, na qual o poeta, a partir de uma análise do próprio fazer poético, e de sua infância vivida no interior do Paraná, Edson tece um painel do individuo no meio urbano. O prefácio ficou por conta do poeta Jaques Brand, em que diz: “ Falcão decididamente não tem aquelas qualidades pessoais que levam, no Brasil de 2010, ao sucesso institucional; não é um alcoolista com algum beatnik na ponta da língua, não fala sempre alguns decibéis acima do normal, não morreu, aliás goza de boa saúde (...) A despeito de lhe faltarem esses trunfos, sendo além de tudo um tímido e um discreto, sobra-lhe contudo legitimidade para interessar o leitor que busca, fora da feira literária das vaidades, o fazer poético mais autentico, que vê como água cristalina, que brota de uma fonte situada no interior.”
Alexandre França apresenta seu ‘de doze em doze horas’, que segundo Márcio Matanna ; “ se abre ao leitor como um convite(...), embora Alexandre França nos ofereça um ciclo de manhã, tarde e noite, há sempre uma sensação meio noturna a brotar de seus versos. A manhã se mistura a madrugada, e quase tudo é vivido dentro de salas e quartos, oscilando entre o sono e a insônia. Se cada cidade madura tem seus mitos, então poderíamos afirmar que Curitiba cultiva em si mesmo o mito da solidão e o mito do suicida, a poesia de França cava um túnel rumo ao fundo dessa mitologia. A solidão é um quarto trancado por dentro. E cada vez que um olhar desvia de outro olhar e se olha para o chão, dá-se mais uma volta na chave.”
Serviço
Lançamento dos livros “a fachada e os fundos” de Edson Falcão e “de doze em doze horas” de Alexandre França
Data: 02/09/2010
Horário: 19h30
Local: Livraria Arte e Letra (Lucca Café)
Endereço: Rua Presidente Taunay, 40
Fone: 30166675
Festa de lançamento do selo Dezoito Zero Um Cultura e Arte
Show com a banda Confraria da Costa - e a presença dos poetas Edson Falcão, Alexandre França e Luiz Felipe Leprevost.
Data: 14/09/2010
Horário: 22h00
Local: Wonka bar
Endereço: Rua Trajano Reis, 326
Fone: 30266272
Abram os versos sobre mim. Novos poetas, nova editora e novos curitibanos. Notícia boa a gente espalha. Poetas correi! É chegada a hora de ler e cantar talvez as derradeiras noites de luar. A editora Dezoito Zero Um tem o seguinte sobrenome: Cultura e Arte. E acaba de se lançar e de lançar livros com nova poesia curitibana. Ora vivas! Notícia boa a gente espalha e eu espalho o release que a Anaterra mandou:
Os livros "de doze em doze horas", de Alexandre França, e a "fachada e os fundos", de Edson Falcão
SELO LITERÁRIO DEZOITO ZERO UM CHEGA COM A PROPOSTA DE LANÇAR A NOVA POESIA CURITIBANA.
Dia 2 de setembro a livraria Arte e Letra recebe o lançamento dos livros ‘de doze em doze horas’, de Alexandre França, e a ‘fachada e os fundos’ de Edson Falcão. E no dia 14, no Wonka Bar, será celebrado o lançamento do selo Dezoito Zero Um Cultura e Arte.
O selo Dezoito Zero Um – Cultura e Arte começa as suas atividades lançando dois poetas representativos de Curitiba: Edson Falcão e Alexandre França. É a Coleção Poesia - Dezoito Zero Um que pretende publicar, dentro em breve, mais poetas da nossa cidade, sempre com um apelo visual único, seguindo a tendência de publicações de ponta no Brasil e no exterior. Com a idéia de materializar no objeto livro a idéia central da publicação, os livros da Dezoito Zero Um não possuem texto de contra-capa, logomarcas ou signos que interfiram na apreciação visual de suas concepções: tudo é confeccionado pensando no conceito principal da obra. Na capa do livro do poeta Edson Falcão, por exemplo, temos uma brincadeira com o título “a fachada e os fundos”, quando percebemos que, na contra-capa, este título encontra-se invertido.
“Tudo começou com a idéia de criar um selo de música”, conta Alexandre França, editor e criador do selo. “Até então não tinha um nome, daí me veio a idéia de pegar o mesmo nome da minha companhia de teatro, formando mais um braço de produção cultural”. Apoiada pela lei do mecenato da Fundação Cultural de Curitiba, e com design gráfico assinado por Giovanni Dameto da G de Gato, a Dezoito Zero Um pretende, no futuro, publicar coleções de prosa e dramaturgia. Alguns nomes já estão cotados para futuras publicações, como o escritor Luiz Felipe Leprevost, o poeta Rodrigo Madeira, entre outros. “Queremos no futuro formar um bom painel do que aconteceu na cidade nestes anos”, conta Alexandre. Perguntado sobre o significado do nome Dezoito Zero Um, França explica: “é o número do meu apartamento”.
Sobre os livros
Edson Falcão nos apresenta, nos 44 novos poemas desta obra e nos outros 23 retirados de outros livros e incluídos nesta publicação, uma profunda visão do homem contemporâneo nos seus mais diferentes aspectos. Com uma poética seca, na qual o poeta, a partir de uma análise do próprio fazer poético, e de sua infância vivida no interior do Paraná, Edson tece um painel do individuo no meio urbano. O prefácio ficou por conta do poeta Jaques Brand, em que diz: “ Falcão decididamente não tem aquelas qualidades pessoais que levam, no Brasil de 2010, ao sucesso institucional; não é um alcoolista com algum beatnik na ponta da língua, não fala sempre alguns decibéis acima do normal, não morreu, aliás goza de boa saúde (...) A despeito de lhe faltarem esses trunfos, sendo além de tudo um tímido e um discreto, sobra-lhe contudo legitimidade para interessar o leitor que busca, fora da feira literária das vaidades, o fazer poético mais autentico, que vê como água cristalina, que brota de uma fonte situada no interior.”
Alexandre França apresenta seu ‘de doze em doze horas’, que segundo Márcio Matanna ; “ se abre ao leitor como um convite(...), embora Alexandre França nos ofereça um ciclo de manhã, tarde e noite, há sempre uma sensação meio noturna a brotar de seus versos. A manhã se mistura a madrugada, e quase tudo é vivido dentro de salas e quartos, oscilando entre o sono e a insônia. Se cada cidade madura tem seus mitos, então poderíamos afirmar que Curitiba cultiva em si mesmo o mito da solidão e o mito do suicida, a poesia de França cava um túnel rumo ao fundo dessa mitologia. A solidão é um quarto trancado por dentro. E cada vez que um olhar desvia de outro olhar e se olha para o chão, dá-se mais uma volta na chave.”
Serviço
Lançamento dos livros “a fachada e os fundos” de Edson Falcão e “de doze em doze horas” de Alexandre França
Data: 02/09/2010
Horário: 19h30
Local: Livraria Arte e Letra (Lucca Café)
Endereço: Rua Presidente Taunay, 40
Fone: 30166675
Festa de lançamento do selo Dezoito Zero Um Cultura e Arte
Show com a banda Confraria da Costa - e a presença dos poetas Edson Falcão, Alexandre França e Luiz Felipe Leprevost.
Data: 14/09/2010
Horário: 22h00
Local: Wonka bar
Endereço: Rua Trajano Reis, 326
Fone: 30266272
quinta-feira, agosto 12, 2010
sábado, agosto 07, 2010
Parceria Troy e França (para o amigo Jaques Brand)
Parceria com o Troy em homenagem ao nosso amigo Jaques Brand. Show gravado no Guairinha, com participações de Helena Portela e Bárbara Kirchner nos vocais, Mazzar na guitarra, Davi Sartori no piano, Denis Mariano na bateria e Guaraná no baixo. Esta letra está incluinda no meu novo livro de poemas "de doze em doze horas". Portanto, agora em época de eleição, a homenagem é dupla. Salve o poeta Jaques!
Ei, Jaques Brand
caríssimo
há um novo poeta na cidade
do ano de 81 ou 82
vamos nos reunir
para acabar com o suprimento
de vodka e cigarros
é necessário um sequestro
e um cativeiro de livros
é necessário papel e caneta
e um galão de nanquim
é necessário conhecer a função
do fio vermelho e do azul
ei, Jaques Brand,
vamos tomar um café ali no centro
15 minutos antes
de desarmarmos
a bomba atômica?
Parceria com o Troy em homenagem ao nosso amigo Jaques Brand. Show gravado no Guairinha, com participações de Helena Portela e Bárbara Kirchner nos vocais, Mazzar na guitarra, Davi Sartori no piano, Denis Mariano na bateria e Guaraná no baixo. Esta letra está incluinda no meu novo livro de poemas "de doze em doze horas". Portanto, agora em época de eleição, a homenagem é dupla. Salve o poeta Jaques!
Ei, Jaques Brand
caríssimo
há um novo poeta na cidade
do ano de 81 ou 82
vamos nos reunir
para acabar com o suprimento
de vodka e cigarros
é necessário um sequestro
e um cativeiro de livros
é necessário papel e caneta
e um galão de nanquim
é necessário conhecer a função
do fio vermelho e do azul
ei, Jaques Brand,
vamos tomar um café ali no centro
15 minutos antes
de desarmarmos
a bomba atômica?
sexta-feira, agosto 06, 2010
Novo poema do grande Jorge Barbosa.
flor de lisboa
(para Ana Griffo Antunes Coimbra)
perguntei por cantar
por que canto?
enquanto encanto a dor
num espanto!
luas e sóis na minha voz
e a canção por um fio.
ah! fina flor de lis boa
ah, na boa, coimbra!
és leve águia e leoa
e soas entre as sílabas.
teço teu fado alado
por isto grifo teu mito
e teu sorriso de fato
finda meus conflitos,
a fúria dos ventos impunes
ante a tudo, que antes unes...
ah! naquilo que musico
há! ana, ana griffo
dá-me o teu charme castelã
deixa-me rei dos teus fãs.
oceânicas perguntas!
cavalos marinhos
acesos em nossas bocas,
azuis, azuis, azuis do mais íntimo
do espelho que despe-se a toa:
nunca vi tantas mulheres numa!
ah! braços de porto e gal
à sombras de caetanos
e caravelas amamos
em nossas praias de mel e sal.
contemporaneamente antigo,
é meu beijo de porquês,
pois este poema é um jeito
de viajar um pouco contigo
sem que as malas as tenha feito
assim te amo em português...
Jorge Barbosa Filho
flor de lisboa
(para Ana Griffo Antunes Coimbra)
perguntei por cantar
por que canto?
enquanto encanto a dor
num espanto!
luas e sóis na minha voz
e a canção por um fio.
ah! fina flor de lis boa
ah, na boa, coimbra!
és leve águia e leoa
e soas entre as sílabas.
teço teu fado alado
por isto grifo teu mito
e teu sorriso de fato
finda meus conflitos,
a fúria dos ventos impunes
ante a tudo, que antes unes...
ah! naquilo que musico
há! ana, ana griffo
dá-me o teu charme castelã
deixa-me rei dos teus fãs.
oceânicas perguntas!
cavalos marinhos
acesos em nossas bocas,
azuis, azuis, azuis do mais íntimo
do espelho que despe-se a toa:
nunca vi tantas mulheres numa!
ah! braços de porto e gal
à sombras de caetanos
e caravelas amamos
em nossas praias de mel e sal.
contemporaneamente antigo,
é meu beijo de porquês,
pois este poema é um jeito
de viajar um pouco contigo
sem que as malas as tenha feito
assim te amo em português...
Jorge Barbosa Filho
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